Dissonâncias narrativas: a elitização da house music em Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Machado Nunes, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17508
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo investigar os aspectos narrativos da House Music e sua posterior elitização em Santa Catarina com base na indagação sobre a sobrevivência de uma narrativa, sendo ela a mesma do princípio das décadas de 1970 e 1980 ou algo diferente. O percurso, até então, é feito com base em uma metodologia de análise qualitativa com abordagem exploratória e antropológica a partir de entrevistas com indivíduos envolvidos na cena e um marco teórico interseccionante entre estudos sobre teoria narrativa, estética e filosofia política, tendo entre as principais obras as de Blanchot (2005), Mbembe (2014), Benjamin (1985), Agamben (2005), Jesi (2014) e Nietzsche (2011). Para ilustração dos conceitos apresentados, já que o objeto de pesquisa é pouco aprofundado academicamente, utilizo fontes documentais sobre a história da House Music, sendo principais o documentário britânico Pump Up The Volume (2001), a obra de Reynolds (2006) e de Brewster e Broughton (2000). Os estudos etnográficos sobre culturas musicais negras, cultura clubber e performatividade musical, respectivamente de Luciana Xavier de Oliveira (2018), Sarah Thornton (1995) e Simon Frith (1998) são também utilizados, além de anexos de imagens para uma melhor compreensão dos fatores apontados. O resultado final mostra que sobrevive uma narrativa na House Music catarinense, porém, não a mesma de origem. O que ocorre no cenário de Santa Catarina é uma narrativa de valores individualistas mantida pelo interesse dos participantes na história inicial, mas apenas nos núcleos independentes. A narrativa de valores individualistas mantém vivos os acontecimentos do indivíduo envolvido. Dentro dos aspectos elitizados o que ocorre é um tribalismo vazio.