Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Felicio, Artur Luiz de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255268
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Resumo: |
Javalis estão entre as 100 piores espécies invasoras do mundo, onde se estabelecem estão relacionados a danos ambientais, prejuízos econômicos à agricultura e riscos sanitários aos rebanhos domésticos e a saúde pública, este animal invasor é um bom exemplo conceitual de riscos à saúde única e está amplamente distribuído no território paulista. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária, preocupada com possíveis problemas sanitários decorrentes da invasão e expansão do javali, realizou 25 capacitações sanitárias em várias regiões do Estado de São Paulo; informando sobre os riscos sanitários e a importância de estabelecer um sistema de vigilância epidemiológica de patógenos para a gestão dos riscos sanitários. Participaram dos eventos 2.381 controladores de espécies exóticas invasoras (CEEIs) entre os anos de 2021 e 2022. O presente estudo teve objetivo de avaliar as capacitações sanitárias, as distribuições geográficas desses eventos e dos CEEIs capacitados nas regiões administrativas do Estado. Além disso, foi realizada uma avaliação da qualidade desses eventos por meio da aplicação de um questionário misto, preenchido por 122 CEEIs voluntários. Este questionário visava aferir o nível de conhecimento adquirido pelos participantes e permitir que eles também avaliassem a qualidade dos eventos. Outros parâmetros quantitativos e qualitativos usados na avaliação dos eventos foram os resultados oficiais do sistema de vigilância de doenças dos suídeos da CDA. Entre eles o número de CEEIs cadastrados no sistema GEDAVE, a quantidade de amostras de soro sanguíneo recebidas e e de autorizações de transporte de carcaças emitidas. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio dos softwares Epi Info e R para testar possíveis correlações entre as variáveis. Procedimentos previstos na Resolução SAA nº 41/2021, foram assunto amplamente discutido nas capacitações. As capacitações sanitárias tiveram uma boa distribuição geográfica alcançando metade das regiões administrativas e mais da metade dos municípios paulistas com pelo menos um CEEI capacitado, fato que possibilitou a formação da rede paulista de vigilância epidemiológica de doenças dos javalis representada por 178 CEEIs cadastrados, 156 amostras colhidas e 48 autorizações emitidas. A avaliação positiva dos eventos pelos controladores e o conhecimento adquirido pelos CEEIs foram os principais destaques do estudo demonstrando a importância de ações educativas para o reconhecimento de riscos sanitários, e de doenças que podem ser transmitidas por javalis relacionadas a prejuízos econômicos à agropecuária. Os resultados obtidos são fundamentais para orientar as ações de vigilância da CDA, principalmente em casos de mortalidade natural de javalis. Novos caminhos precisam ser trilhados para ampliação das atividades educativas e de vigilância de doenças dos javalis, principalmente nas áreas prioritárias apontadas no estudo, estreitando a relação entre o serviço veterinário oficial e os CEEIs. |