Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Morita, Ângela Kazue |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255875
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Resumo: |
Estudos pregressos apontam que pessoas com dor lombar recorrente apresentam diminuição da rigidez intervertebral e, como mecanismo compensatório, aumentam a co-contração muscular do tronco para restaurar a estabilidade. A constante hiperativação muscular do tronco pode ser a causa da menor resistência muscular localizada dos eretores da espinha encontrada nesta população, assim como, preceder a modificação dos ajustes posturais antecipatórios. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi comparar o padrão de ativação muscular do tronco entre indivíduos saudáveis e sujeitos com dor lombar recorrente, ao executarem os testes de provocação da fadiga muscular dos eretores da espinha (teste de Biering-Sorensen) e de perturbação postural (teste de flexão do ombro). Participaram do estudo, 19 sujeitos com dor lombar recorrente (7 homens; 12 mulheres; 38,53 ± 8,12 anos; 68,35 ± 12,18 kg; 1,66 ± 0,09 m) e 19 pessoas saudáveis (7 homens; 12 mulheres; 40,42 ± 8,63 anos; 69,57 ± 12,76 kg; 1,64 ± 0,07 m). Os sinais eletromiográficos dos músculos oblíquo interno (OI), reto abdominal (RA), multífido (MU) e iliocostal lombar (IL), todos bilaterais, foram coletados durante o teste de Biering-Sorensen. Para o teste de flexão de ombro, foram coletados os sinais eletromiográficos do OI e MU bilaterais, RA, IL e deltoide anterior unilaterais, ipsilateral ao membro superior elevado. O tempo de reação (onset) muscular foi calculado para o teste de perturbação postural. Para o teste de Biering-Sorensen, foram calculados, o slope da frequência mediana do MU e IL; o Root Mean Square (RMS) dos músculos OI, RA, MU e IL; e o índice de co-contração do OI/MU e RA/IL. O RMS foi normalizado pela contração isométrica voluntária máxima. Sujeitos com dor lombar, no teste de perturbação postural, apresentaram respostas mais rápidas do OI contralateral (p= 0,016) ao membro superior elevado, em comparação aos sujeitos saudáveis. Na comparação entre os lados, foi encontrada diferença significativa somente entre o onset do OI contralateral e ipsilateral (p= 0,043) de sujeitos saudáveis. No teste de Biering-Sorensen, sujeitos saudáveis apresentaram maior índice de co-contração do OI/MU (p= 0,006) e amplitude de ativação do OI (p= 0,019), ambos do lado direito, quando comparados aos sujeitos com dor lombar. Não foram observadas diferenças entre os grupos para os indicadores de fadiga muscular (p > 0.05). Os resultados apontam que sujeitos saudáveis apresentam respostas assimétricas entre os lados do OI, enquanto sujeitos com dor lombar apresentam respostas simétricas, quando submetidos à perturbação postural. O aumento da co-contração muscular do tronco pode ser a causa da simetria na ativação do OI. Já, durante o teste de Biering-Sorensen, esta amostra clínica diminuiu a ativação do OI e a co-contração do OI/MU, do lado direito. Sugere-se que a modulação da co-contração dos músculos antagonistas do tronco de sujeitos com dor lombar recorrente seja diferente de sujeitos saudáveis e que as estratégias são modificadas de acordo com as características da tarefa, sendo que as que envolvem a provocação da fadiga muscular tendem a gerar diminuição da co-contração; enquanto as de perturbação postural tendem a provocar respostas de maior rigidez do tronco. |