Adeus, Mao! O processo de transição da economia planificada à de mercado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Gustavo Gatto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190926
Resumo: A presente dissertação busca descrever criticamente o processo de transição para uma economia de mercado na China, iniciada em 1978, no âmbito do programa de reforma e abertura chinês. O objetivo geral da pesquisa é examinar algumas relações entre a esfera política e a esfera econômica neste processo de transição. Além deste objetivo geral, os objetivos específicos são conceituar economia de mercado e economia planificada através do embate entre liberais e marxistas; diferenciar mercado e capitalismo de acordo com o prisma da Economia Política dos Sistemas-Mundo (EPSM); descrever a crise de lucratividade do capitalismo e os processos de financeirização e globalização a partir da década de 1970, e analisar seu impacto sobre a política e economia chinesa; e descrever e analisar a mercantilização gradual da economia chinesa. A pesquisa se utiliza, para isso, do método bibliográfico. Os resultados da pesquisa indicam que a transição para uma economia de mercado fortaleceram tanto o Estado chinês, que passou a ser frequentemente apontado como a futura potência hegemônica, e o Partido Comunista da China, que após ter seu poder e existência questionados durante a Revolução Cultural, conseguiu se consolidar e fortalecer o regime de partido único na China, que sobreviveu à onda de aberturas políticas que marcou o fim da Guerra Fria. Por outro lado, há indícios de que o próprio Partido Comunista da China tenha passado por mudanças que permitem questionar se, além do nome, algo mais foi mantido. Diferente do período maoísta, em que a distribuição de riquezas, a igualdade e a luta de classes eram preocupações centrais do Partido, após as reformas, estas pautas foram deixadas de lado. Como resultado da mercantilização generalizada da sociedade, apesar do crescimento generalizado e de a reforma ter sido realizada com mais cuidado para evitar perdedores do que as reformas de outros países de economia planificada, pode-se perceber que houve uma parcela da população que viu suas condições de vida se deteriorarem no processo.