A comunidade zooplanctônica em um gradiente de poluição antrópica em um Complexo Estuarino Lagunar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Macias, Erick Manzano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153928
Resumo: A presente dissertação esta composta por três partes. Na primeira parte são apresentadas as fotos dos locais estudados (20) e das espécies zooplanctônicas registradas (seis). A segunda parte apresenta os três objetivos propostos. Finalmente, a terceira parte consta do manuscrito que pretende ser submetido para publicação. Muitos centros urbanos localizam-se próximos às lagoas costeiras, influenciando estes ambientes através de despejos domésticos e industriais. Estes ecossistemas são de extrema importância para a biodiversidade local, incluindo a comunidade zooplanctônica. Foram estudados os fatores físico-químicos e as densidades zooplanctônicas em diferentes escalas (comunidade, grupos, espécies e fases de desenvolvimento); foram identificadas as diferenças (através de ANOVA´s) e a relação que existe entre estas variáveis (através de RDA) ao longo de um gradiente de poluição e um gradiente temporal; e foi quantificado se o gradiente de poluição afeta o estado trófico do CELMM (através de um índice de estado trófico). As coletas foram feitas em quatro áreas em três margens de duas lagoas costeiras e no canal conector do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM). Em cada área foram distribuídos 5 pontos de coleta, nas estações seca e chuvosa. As áreas encontram-se num gradiente de degradação ambiental de maior a menor poluição. Em cada ponto foram feitas amostragens do zooplâncton; foi mensurado o pH, a temperatura (TEM), o oxigênio dissolvido (OD), a condutividade (COM) e a profundidade (PROF) nas duas estações; e foi mensurada a salinidade (SAL), o carbono orgânico dissolvido (COD) e a clorofila-a (CLOR-A) na estação chuvosa. Foram identificadas diferenças em todos fatores físicos e químicos, exceto no COD sob o gradiente de poluição antrópica. Foram encontradas diferenças no pH, temperatura, oxigênio dissolvido e condutividade, sob a escala temporal. Foram identificadas diferenças nas densidades dos estágios Copepodito e Copepoda; e nas seis espécies que compõem a comunidade, sob o gradiente de poluição antrópica. Foram encontradas diferenças nas densidades dos estágios náuplio pequeno, Copepodito e Copepoda; e nos copépodes, cf. Apocyclops e Calanoida sp1; e nos cladóceros, M. minuta e C. cornuta, sob a escala temporal. Foi identificado que o gradiente de poluição antrópica afeta o nível trófico das lagoas que compõem o CELMM, e que a área menos impactada pela eutrofização é a A1 devido a processos hidrodinâmicos do sistema. Em quanto as relações detectadas, na estação seca houve associação entre: o oxigênio dissolvido e as espécies B. calyciflorus e cf. Apocyclops; a temperatura e M. minuta e C. cornuta; a condutividade e as espécies B. plicatilis e Calanoida sp1. Na estação chuvosa houve associação entre: a condutividade e a salinidade e as espécies B. calyciflorus e cf. Apocyclops; a temperatura e a clorofila-a e as espécies B. plicatilis e Calanoida sp1. Finalmente, sugerimos que as espécies B. plicatilis e B. calyciflorus, servem como bioindicadores da qualidade da água.