Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Boás, Douglas Sarmento dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/243279
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Resumo: |
O dimorfismo sexual é descrito como uma das principais variáveis que determina a escolha de um predador por suas presas. Os caranguejos-chama-marés são conhecidos por apresentarem acentuado dimorfismo sexual, onde os machos apresentam um dos quelípodos hipertrofiado usado como defesa e exibições reprodutivas, e outro quelípodo pequeno usado na alimentação, enquanto as fêmeas apresentam os dois quelípodos pequenos e simétricos. Devido a essa diferença morfológica, um dos sexos dos caranguejos chama-maré pode ser a presa preferida de um predador. As fêmeas por serem mais vulneráveis, devido à ausência do quelípodo hipertrofiado, podem ser as presas preferidas de muitos predadores. Entre os predadores dos chama-maré encontramos outros caranguejos-chama-marés, como Minuca rapax. Nós hipotetizamos que M. rapax escolhe predar as fêmeas de Leptuca leptodactyla. Foi avaliado se o predador (Minuca rapax) escolhe o sexo da presa (L. leptodactyla). Para avaliar a escolha do predador foi desenvolvido um experimento com quatro tratamentos compostos por dois grupos com três presas cada. Dois tratamentos de múltipla escolha: T1: 3 fêmeas e 3 machos; T2: 3 machos e 3 fêmeas. Dois tratamentos sem escolha: T3: 3 machos e 3 machos; e T4: 3 fêmeas e 3 fêmeas. Por fim, foi quantificado as presas consumidas e calculamos a proporção de escolha para cada tratamento. Para corroborar nossa hipótese a proporção de fêmeas consumidas em T1 deveria ser maior que a proporção de machos consumidos em T2, e maior também do que em T3 e T4 onde não se espera observar diferenças na proporção de escolha (≈ 0,5). Minuca rapax não apresentou um padrão de escolha por um sexo da presa, predando indivíduos de ambos os sexos na mesma proporção de ≈ 0,5 (média =0,4806), com isso, não houve diferença entre os tratamentos de múltipla escolha e sem escolha. Assim, as características morfológicas entre os sexos de L. leptodactyla não foi determinante para a escolha de M. rapax. Provavelmente, outras varáveis permitiram ao M. rapax predar machos e fêmeas na mesma proporção, tais como modo de ingestão, os órgãos consumidos e a resistência da carapaça das presas. |