Influência dos marcadores inflamatórios no metabolismo ósseo de pacientes infectados pelo HIV em uso ou não da terapia antirretroviral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Menezes, Erika Grasiela Marques de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150389
Resumo: A história natural da infecção pelo HIV e a terapia antirretroviral (TARV) já estão bem esclarecidos, por proporcionarem aumento da contagem das células T CD4+, redução da viremia e diminuição de riscos para doenças oportunistas. Apesar da eficácia do tratamento antirretroviral, evidenciam-se os efeitos sistêmicos da inflamação mediados pela infecção crônica do HIV e a toxicidade dos antirretrovirais que contribuem para o aumento de riscos de complicações metabólicas. Nós hipotizamos que pacientes HIV positivos em uso ou não da terapia antirretroviral apresentam níveis aumentados nos marcadores inflamatórios, e isto afeta o metabolismo ósseo que leva à perda óssea, sendo mais acometidos os pacientes com maior tempo de exposição ao vírus e ao tratamento antirretroviral. Objetivo: Investigar a influência de citocinas pró-inflamatórias no metabolismo ósseo em pacientes HIV positivos crônicos em uso ou não da terapia antirretroviral. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo transversal com 50 homens adultos HIV positivos, em tratamento ou não com drogas antirretrovirais. Os participantes foram subdivididos segundo o uso ou não da TARV, sendo grupo controle (GC): 10 participantes virgens de tratamento; grupo G<2 anos de TARV: 20 participantes abaixo de dois anos de tratamento antirretroviral; grupo G>2 anos de TARV: 20 participantes acima de dois anos de tratamento antirretroviral. Foi realizado dual energy x-ray absorptiometry (DXA) para avaliar a densidade mineral óssea e a composição corporal. Realizou-se a avaliação do consumo alimentar. Foram coletadas amostras de sangue periférico para as análises de interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), osteocalcina, paratormônio, 25 hidroxivitamina D, cálcio total e albumina. Amostras de urina foram coletadas para as análises de cálcio 24h e deoxipiridinolina urinária. Foram realizados testes estatísticos para testar a igualdade entre os grupos, testes paramétricos e/ou não paramétricos e correlação entre as variáveis quantitativas, considerando diferenças significativas o valor de p<0,05. Resultados: Os participantes não tratados com TARV apresentaram valores mais elevados de IL-6 e TNF-α do que os participantes tratados com TARV por mais de dois anos. Os valores de TNF-α foram maiores nos participantes tratados com TARV por menos de dois anos do que nos participantes tratados com TARV por mais de dois anos (p<0,05). Os valores aumentados de deoxipiridinolina urinária indicaram um aumento na atividade reabsortiva do tecido ósseo em todos os grupos, com uma diferença significativa entre os participantes não tratados com TARV e os participantes tratados com TARV por menos de dois anos. Através do DXA, nós encontramos uma redução da massa óssea em todos os sítios ósseos em cada grupo. Conclusão: O aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias, mais notavelmente no grupo virêmico tem demonstrado estimular a atividade osteoclástica afetando a massa óssea. A redução da densidade mineral óssea foi observada em todos os sítios ósseos, principalmente para os grupos em tratamento com antirretrovirais.