Efeitos da eletroestimulação e da mobilização precoce no controle autonômico cardíaco de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Tatiane Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151032
Resumo: Introdução: Disfunções cardiovasculares e alterações do sistema nervoso autônomo são comuns no pós-operatório imediato de cirurgia cardiovascular. A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e a mobilização precoce podem levar a alterações na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) que avalia a resposta autonômica cardíaca. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da eletroestimulação e da mobilização precoce no sistema cardiovascular e na modulação autonômica de paciente no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca. Métodos: Foram avaliados 17 pacientes no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca, divididos em grupo mobilização precoce (GM) recebendo exercícios de membros superiores e inferiores, e grupo eletroestimulação (GE) com aplicação do TENS em região do gânglio cervico-torácico. A VFC foi obtida nos momentos pré-operatórios (M1), pré-intervenção (M2) e pós-intervenção (M3). No domínio do tempo foram analisados os seguintes índices: frequência cardíaca, SDNN (desvio padrão de todos os intervalos R-R normais gravados em um intervalo de tempo), RMSSD (raiz quadrada da média da soma do quadrado das diferenças entre intervalos R-R normais adjacentes, em um intervalo de tempo), pNN50 (porcentagem dos intervalos R-R adjacentes com diferenças de duração maior que 50 ms), interpolação triangular dos intervalos RR e índice triangular dos intervalos RR, já no domínio da frequência os seguintes índices: LF (alta frequência) e HF (baixa frequência) em milissegundos e unidade normalizada, e relação LF/HF. As variáveis de interesse passaram pelo teste de normalidade Shapiro Wilk, já os três momentos do estudo foram comparados por meio do Teste de ANOVA ou teste de Kruskal-Wallis com pos-testeTukey. Considerado p < 0,05. Resultados: Quanto à pressão arterial, só houve diferença significativa na pressão arterial diastólica quando comparado os momentos M1 com M2 e M1 com M3 no GM. Nos domínio do tempo o GM apresentou diferença significativa entre M1 e M2 nos índices FC, SDNN, RMSSD, TINN e RR TI e entre M1 e M3 nos índices FC, SDNN, RMSSD, TINN e RR TI; no índice pNN50 houve diferença significativa somente entre M1 e M3. Houve diferença significativamente estatística no GE entre M1 e M2 no índice RR TI e entre M1 e M3 nos índices SDNN, TINN e RR TI. No domínio da frequência no grupo GM houve diferença significativamente estatística nos índices LF (ms2) e HF (ms2) entre os momentos M1 e M2 e entre M1 e M3. Conclusão: As intervenções são seguras e não levaram a sobrecarga pressórica. Ocorreu aumento da modulação simpática e redução vagal, como esperado no pós-cirúrgico, não ocorrendo alterações significativas do componente vagal pós intervenção.