Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Suely da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153278
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Resumo: |
A febre Zika é uma arbovirose resultante da infecção pelo vírus Zika (ZIKV). Em 2016 o ZIKV foi considerado pela Organização Mundial da Saúde um grave problema da saúde pública, devido ao número de casos de má formação congênita e distúrbios neurológicos vinculados à infecção, como microcefalia e síndrome de Guillain-Barré. Não existe atualmente antiviral específico contra o ZIKV. Neste contexto, torna-se necessário a busca por um antiviral seguro e que trate a infecção. Compostos naturais e seus derivados sintéticos vêm contribuindo significativamente para desenvolvimento de novos fármacos e têm ganhado destaque como potenciais antivirais, tornando-se uma possibilidade para o tratamento de infecções causadas pelo ZIKV. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de compostos naturais e análogos sintéticos obtidos com base em estruturas químicas naturais no ciclo replicativo do ZIKV in vitro. Um total de 166 compostos dentre eles, flavonoides, alcaloides (naturais e sintéticos) e derivados do ácido antranílico foram analisados quanto à atividade antiviral pela infecção e tratamento de células Vero. Os dados obtidos mostraram que o composto sintético FAM E3, da classe diarilaminas derivadas do ácido antranílico (FAMs), inibiu um mínimo de 99.92% a etapa de replicação viral. Ensaios adicionais mostraram que o potencial de inibição é dose-dependente e este composto não apresenta ação antiviral na etapa de entrada do ciclo viral. Para elucidar o mecanismo de ação, investigamos a capacidade de FAM E3 em intercalar em dsRNA e inibir a polimerase viral. Os resultados mostraram que o composto não atua nessas vias. Ensaio de docking molecular sugerem que FAM E3 apresenta alta afinidade com a helicase NS3 e o complexo NS2B3NS3, sugerindo estas proteínas como possíveis alvos do composto. Outras análises são necessárias para estabelecer o mecanismo de ação do FAM E3, contudo este composto apresenta potencial terapêutico para o tratamento da febre Zika. |