Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Luana Darby Nayrra da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/242932
|
Resumo: |
O uso de mídias digitais nas últimas eleições brasileiras tem se apresentado como um desafio analítico para especialistas, por conta da sua complexidade de informações e pelas diferenças no processo comunicacional, territorial e cultural nas regiões, com destaque especial para a dificuldade na penetração do acesso à internet, principalmente na Região Norte, o que dificulta o acesso à informação com qualidade e transparência, o que favorece a ação da classe política de estados da região, como o Amapá – área de concentração do estudo –, controlada por ciclos elitistas, oligárquicos e personalistas que mantém o controle do poder através dos usos dos recursos midiáticos, econômicos e sociais como uma forma de sua perpetuação, fazendo a participação popular efetiva estar sempre à sombra das decisões públicas. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi analisar de que maneira a classe política do Estado do Amapá se adaptou ao uso de novas tecnologias da informação com elites antagônicas disputando os espaços de poder, com especial destaque para o uso da rede social Facebook nas eleições de 2018, situando o olhar para os candidatos à eleição para o governo do Estado do Amapá, que apresenta como principais atores deste cenário representantes de duas elites tradicionais, que estão se alternando no poder há 28 anos, neste caso as elites representadas por Waldez Góes e João Alberto Capiberibe e a nova geração das elites amapaenses, cristalizada na figura do atual Senador da República Davi Alcolumbre. O reconhecimento dessas elites se baseia na teoria das elites, discutida amplamente por Gaetano Mosca, Wilfredo Pareto e Robert Michels. Os dados foram constituídos a partir das seguintes etapas de análise: 1) base na revisão bibliográfica, 2) acesso a bases de dados para consulta de fontes primárias, 3) coletados dados do Facebook e, 4) análise qualitativa e comparativa, feita com base da análise de conteúdo (AC). Os resultados mostram que as mídias sociais serviram de elemento potencializador das imagens de figuras políticas tradicionais e de “novas”, com o uso sistemático de instrumentos típicos do populismo, como conceituado por Francisco Weffort – a presença de um líder carismático, a disseminação ideológica nas massas urbanas e o vínculo emocional com a população – que introduziram uma nova forma de controle da massa, por meio do coronelismo eletrônico e do populismo digital. Os conceitos das teorias das elites, do populismo digital e coronelismo eletrônico propiciam um entendimento sobre o processo social, comunicacional e seu alinhamento com a política amapaense do processo de modernização das intuições sociais até a atualidade. Constatou-se que, ainda assim, o poder tradicional prevalece sobre as novas práticas políticas no Amapá. |