Micropartículas poliméricas biodegradáveis contendo ácido cafeico para aplicação tópica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Spagnol, Caroline Magnani [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157160
Resumo: Os compostos fenólicos ocorrem de maneira universal no reino vegetal, sendo os ácidos cinâmicos integrantes desse grupo de compostos orgânicos. O ácido cafeico (AC) é um representante, com potente ação antioxidante, prevenindo o envelhecimento precoce da pele. As clássicas emulsões são muito utilizadas pelo consumidor pelo sensorial agradável e refrescante que proporcionam; no entanto, preparações desenvolvidas na forma de filme ou película seca apresentam-se como uma alternativa tecnológica pela sua facilidade e segurança no transporte. Para vencer a barreira cutânea, sistemas micro e nanoestruturados têm sido desenvolvidos, a fim de facilitar a entrega de ativos disponibilizando-os ao tecido por um período de tempo prolongado, sem causar danos ou toxicidade. O objetivo deste trabalho foi a avaliação exploratória das atividades antioxidante e antimicrobiana do AC a fim de utiliza-lo como um ativo multifuncional veiculado em micropartículas (MP) de quitosana. Assim, foi determinada a atividade antioxidante e antimicrobiana do ácido cafeico. Em seguida, dois tipos de micropartículas de quitosana contendo AC foram obtidas por spray drying. As oriundas de solução hidroalcoólica, denominadas MPI, e as oriundas de solução aquosa, denominadas MPII. As MPs foram caracterizadas físico-quimicamente e incorporadas em uma emulsão e uma preparação cosmética em filme. Por fim foi avaliado o perfil de liberação, permeação in vitro das micropartículas de AC a partir da emulsão e do filme. Os valores de atividade antioxidante do ácido cafeico foram muito próximos dos padrões em todos os testes. Além disso, o AC apresentou atividade antioxidante maior que o ácido ascórbico e trolox, e tem a vantagem de ser mais estável que o ácido ascórbico e ser extraído de fontes naturais quando comparado ao trolox. O screening realizado revelou que o ácido cafeico apresenta atividade antimicrobiana frente à S. aureus, S. epidermidis, E. coli, P. aeruginosa e P. acnes com concentrações variando de 375 a 1500 µg/mL, sendo um composto promissor pela sua multifuncionalidade, além de atender à crescente demanda por substâncias que substituam ou reduzam as concentrações de antimicrobianos clássicos. O desenvolvimento da emulsão e da preparação cosmética em filme propiciou a obtenção de formulações compatíveis com as micropartículas e com aspecto sensorial e características físico químicas as mais adequadas possíveis. Os resultados mostraram que o spray drying é um método eficiente para obtenção de MP de quitosana contendo AC, produzindo microestruturas de 1 a 5 μm de diâmetro. As MPII oriundas de solução aquosa demonstraram-se esféricas e com superfície lisa, ideal para liberação controlada, já as oriundas de solução hidroalcoólica (MPI) apresentaram-se porosas e com material residual não internalizado. Esse resultado foi condizente com o perfil de liberação e permeação já que as MPII apresentaram liberação e permeação mais lenta e controlada que as MPI. Os resultados mostraram-se promissores em relação a proposta de desenvolvimento de formulações contendo AC como um ativo multifuncional veiculado em micropartículas (MP) de quitosana destinadas a aplicação facial.