Geração do esquecimento?: Transmissão psíquica e adolescência no contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Vinícius Romagnolli Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234544
Resumo: Este trabalho tem como objetivo compreender a transmissão psíquica entre gerações, bem como seus efeitos na adolescência em meio ao cenário social e cultural contemporâneo, caracterizado como um tempo de mutações tecnocientíficas e marcado pela aceleração, excesso de estímulos e valorização da fruição do momento presente. Diante desse estado das coisas, o processo de transmissão psíquica é afetado e dificulta a construção de uma narrativa que dê sustentação simbólica para os adolescentes empreenderem sua jornada. Para a Psicanálise, os seres humanos se constituem na e pela relação com o(s) outro(s) e essa dimensão intersubjetiva e vincular os situa como herdeiros de disposições psíquicas que lhes são transmitidas pela cultura e pelos seus pais e antepassados. Tem-se como hipótese que os desdobramentos subjetivos do cenário contemporâneo levam a uma transformação da transmissão psíquica, cujos efeitos podem ser percebidos na falha da experiência compartilhada, no declínio das narrativas e na erosão da função simbólica a configurar uma “geração do esquecimento”. O interesse por essa temática resultou da escuta exercida em consultório particular dos obstáculos de manejo com adolescentes que têm dificuldade em transformar a herança psíquica legada pelos pais. O tema da transmissão psíquica entre gerações é fundamental para a Psicanálise, vez que possibilita circunscrever a experiência clínica em suas dificuldades, permitindo a ampliação da escuta dos adolescentes por meio das gerações. Além disso, a construção da subjetividade adolescente está diretamente relacionada às questões do cenário social mais amplo. Utilizamos um método qualitativo, baseado na análise de reminiscências do pesquisador/analista de quatro casos clínicos para conduzir nossa pesquisa.