Atenção à saúde de coorte de recém-nascidos prematuros tardios durante o primeiro ano de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Machado, Maria Cristina Heinzle da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157457
Resumo: Introdução: os recém-nascidos prematuros tardios (idade gestacional ao nascer entre 340/7 e 366/7 semanas) apresentam, quando comparados com os nascidos a termo (idade gestacional ao nascer ≥ 37 semanas), maior vulnerabilidade para adoecer e morrer, necessitando de atenção especial pelos serviços de saúde. Objetivo: Analisar comparativamente a atenção à saúde no primeiro ano de vida de coorte de recém-nascidos prematuros tardios e a termo e desfechos quanto a utilização de serviços de saúde de referência e situação de aleitamento materno, nesse período. Método: este estudo configura-se como subprojeto de estudo de coorte de base populacional prospectiva que acompanhou 656 lactentes e suas mães de julho de 2015 a fevereiro de 2017, em Botucatu/SP (Estudo CLaB). Os dados foram obtidos em sete diferentes momentos, sendo as fontes: cartão pré-natal, cartão do bebê, prontuário infantil e entrevistas realizadas com as mães nos serviços de saúde e nos domicílios, presencialmente e por telefone. Para o presente estudo, foram incluídos 581 lactentes (540 recém-nascidos a termo e 41 prematuros tardios), sendo excluídos os recém-nascidos prematuros precoces e moderados (idade gestacional ao nascer < 34 semanas) e aqueles que não completaram o acompanhamento previsto. Foi realizada análise univariada e multivariada das variáveis estudadas, comparativa dos dois grupos, com significância avaliada pelos testes não paramétricos de Qui-quadrado e Exato de Fisher, calculando-se as odds ratio (OR) brutas e (ORj) ajustadas, adotando-se p crítico <0,05. Para essas analises, foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), V21. O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer nº 1.089.594). Resultados: Os prematuros tardios apresentaram mais chances de: baixo peso ao nascer (p<0,001, OR=28,16, IC 95% 12,0-65,83), menor realização de pré-natal em serviço público (p=1,842; OR= 0,50; IC 95%= 0,85-3,98), não alcançaram o número mínimo preconizado de consultas pré-natais (p=0,002; OR=4,21; IC 95% 1,67-10,60), de não permanecerem em alojamento conjunto na maternidade (p<0,001; OR=7,80; IC 95% 3,33-18,23), de terem menos registros de acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor durante o primeiro ano de vida (p<0,001; OR=2,33; IC 95% 0,90-6,06) Quantos aos desfechos, verificou-se diferença entre os grupos somente quanto à maior chance dos prematuros terem internação em Unidade de Internação Neonatal - UTI/UCI na maternidade (p<0,001, OR=4,63, IC 95% 2,02-10,64), suas mães terem maior conhecimento sobre a duração adequada para o aleitamento materno exclusivo (p=0,045; OR=2,17; IC95%=1,02-4,65 e a não realização do aleitamento materno até a alta da maternidade (p=0,001; OR=3,03; IC95%=1,53-5,99). Conclusão: em comparação aos recém-nascidos a termo, os prematuros tardios apresentaram maiores vulnerabilidades do que situações favoráveis ao nascer, na atenção à saúde e de promoção do aleitamento materno, contudo, não diferiram quanto à prática do aleitamento materno e à utilização de serviços de referência, após alta da maternidade até completarem um ano de vida.