Vitamina D e LL-37 em Pacientes com Doença de Chagas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira Junior, Luiz Roberto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153022
Resumo: O texto apresentado faz parte dos estudos sobre doença de Chagas (DC), suas formas clínicas e correlação com morbidades associadas à obesidade e envelhecimento e confeccionado para obtenção do título de Mestre em Doenças Tropicais. Ele é dividido em dois capítulos, no qual o primeiro texto compreende uma revisão bibliográfica sobre a doença de Chagas, vitamina D3 e catelicidina LL-37; e, no segundo capítulo, um artigo com dados descritivos da população de estudo intitulado de “FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ASSOCIADOS À DOENÇA DE CHAGAS CRÔNICA” e um artigo intitulado de “VITAMINA D3, CATELICIDINA LL-37 E POLIMORFISMOS DO GENE VDR EM PACIENTES COM A FORMA INDETERMINADA E CARDÍACA DA DOENÇA DE CHAGAS”. Atualmente a DC é uma doença tropical negligenciada em todo o mundo e endêmica em 21 países latino-americanos, com mais de 25 milhões de pessoas em área de risco de transmissão. Afeta de 8 a 10 milhões de pessoas, sendo que no Brasil estima-se que existam 3 milhões de infectados, com 6 mil mortes por ano. Em sua fase crônica, tem a forma cardíaca como a manifestações mais importante da doença, tanto por sua frequência quanto por sua gravidade, com impacto social e financeiro, já que afetam os indivíduos na fase mais produtiva da vida (entre 30 e 50 anos), com altos índices de morbimortalidade. Além dos distúrbios no sistema de condução cardíaco, pode evoluir para manifestações mais graves como cardiomegalia, falência cardíaca e morte súbita. A inexistência de drogas eficazes para tratamento da doença em sua fase crônica requer o uso de terapias auxiliares que controlem os sintomas e melhorem a qualidade de vida dos pacientes, evitando complicações graves, progressão da doença e aumento da sobrevida. Mesmo existindo muitos trabalhos sobre a patogênese, cura e prevenção da DC, poucos associam esses pacientes com o risco de afecções que acometem a população geral. O envelhecimento dessa população tem favorecido aumento de fatores de risco cardiovasculares associados, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemias, hipotireoidismos, sobrepeso e outras cardiopatias. Essas comorbidades podem dificultar o tratamento e elevar seus gastos, além de afetar a qualidade de vida desses indivíduos infectados e acompanhados nos serviços de saúde. Dessa forma, o primeiro artigo investiga dos dados clínicos dos pacientes atendidos no Ambulatório de Doenças Tropicais do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu com o objetivo de verificar as comorbidades associadas ao risco cardíaco. No segundo artigo foi realizada uma abordagem da hipovitaminose D3 e seu papel na produção de peptídeos antimicrobianos como a catelicidina LL-37 e suas associações com a obesidade que os acompanha. Essa condição foi escolhida devido à sua constante associação com a obesidade e seu papel na resposta imune contra diversos agentes infecciosos, e por ter se tornado um problema de saúde mundial. Esta deficiência pode estar relacionada ao sequestro da mesma pelo tecido adiposo com consequentes efeitos na resposta imune contra o T. cruzi e surgimento de manifestações clínicas mais graves da DC.