Vigilância epidemiológica da raiva na região noroeste do Estado de São Paulo no período de 1993 a 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mello, Luciana Coimbra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/205071
Resumo: A raiva é uma antropozoonose infectocontagiosa causada pelo vírus da raiva (RABV), altamente neurotrópico, que provoca encefalomielite aguda com evolução rápida e progressiva, causadora de mortes tanto em animais quanto em humanos. No Brasil, a vigilância epidemiológica, incluindo a vigilância laboratorial por meio da análise de amostras de diferentes espécies animais, tem sido uma das principais ferramentas para o controle dessa zoonose. O presente estudo avaliou alguns componentes do sistema da vigilância da raiva (vigilância laboratorial e estrutura de serviços de zoonoses) na região noroeste do estado de São Paulo, no período entre 1993 e 2019. Realizou-se um estudo retrospectivo utilizando os registros de dados do Laboratório de Raiva da Faculdade de Medicina Veterinária Araçatuba (FMVA), Unesp (LRA – Unesp). Os serviços municipais de controle de zoonoses da região também foram avaliados por meio de questionário semiestruturado dividido em três eixos: 1. Identificação, 2. Estrutura dos serviços de vigilância da raiva e 3. Atividades de vigilância da raiva. O maior número de amostras enviadas para exame de raiva, no período avaliado, foi de quirópteros; a meta de envio de amostras caninas para vigilância laboratorial da raiva foi cumprida ou superada, na maioria dos municípios, apenas no período de raiva epidêmica (de 1993 a 1998); a partir de 1999 observou-se diminuição gradativa dos municípios que cumpriram a meta e aumento dos que não enviaram amostras. A maioria dos municípios avaliados (97,5%) possuem pelo menos um médico veterinário, 32,5% possuem alojamento para observação de cães e apenas 27,5% possuem instalações para realização de necropsia. Há necessidade de melhoria das estruturas físicas para observação de animais suspeitos, para realização de eutanásia e de necropsia e capacitação dos profissionais para identificação de animais suspeitos bem como para o preenchimento correto do formulário de envio de amostras.