Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Liliane de Carvalho Rosas [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150099
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Resumo: |
Objetivos: O presente trabalho apresentou como objetivo geral estudar a osteoartrite da articulação têmporo-mandibular (ATM) em pacientes submetidos à cirurgia ortognática de avanço e rotação anti-horária maxilomandibular através de novas técnicas computacionais desenvolvidas para otimização do uso de imagens tridimensionais. Como objetivos específicos, buscou-se: avaliar quantitativamente o grau de deslocamento e remodelação condilar após cirurgia, considerando diferenças entre três grupos (Grupo 1, côndilos de pacientes que sofreram cirurgia de reposicionamento de disco articular simultaneamente à cirurgia ortognática; Grupo 2, côndilos de pacientes que apresentavam deslocamento de disco articular mas não foram submetidos à cirurgia de reposicionamento de disco; Grupo 3, côndilos de pacientes com ATM saudável); investigar a estabilidade do procedimento cirúrgico em longo prazo; identificar possíveis diferenças entre os gêneros quanto à remodelação condilar no período de acompanhamento pós-cirúrgico; estudar potencial associação entre fatores clínicos e cirúrgicos com alterações remodelativas no côndilo mandibular de pacientes que sofreram cirurgia ortognática associada à cirurgia de reposicionamento do disco articular. Materiais e Métodos: Três artigos científicos foram elaborados e utilizados para a avaliação dos propósitos apresentados. Resultados: Em média, após cirurgia ortognática observou-se deslocamento condilar para posterior e medial, além de rotações nos três planos do espaço. Côndilos do Grupo 1 evidenciaram deslocamento para baixo, enquanto que os demais sofreram deslocamento para cima (p ≤ 0.001). O procedimento cirúrgico mostrou-se estável em longo prazo principalmente nos Grupos 1 e 3. Pacientes do Grupo 2 evidenciaram maior grau de recidiva, além do maior percentual de pacientes que sofreram o problema. Quanto à remodelação condilar durante o período de acompanhamento pós-cirúrgico, o Grupo 1 apresentou aposição óssea no polo anterior do côndilo mandibular, diferença estatisticamente significante quando comparada aos demais grupos em estudo (p ≤ 0.001). Não foram encontradas diferenças estatísticas significantes quanto à alteração em volume condilar entre os Grupos 1 e 3. Maior redução em volume foi observada em pacientes do Grupo 2 (p ≤ 0.05). Embora, em média, côndilos de pacientes do gênero feminino tenham sofrido maior redução em volume, não foram observadas diferenças estatísticas significativas entre os gêneros. Coeficientes de correlação fracos, no entanto, estatisticamente significantes foram observados considerando a relação entre variáveis clínicas e cirúrgicas com remodelação condilar. Quanto maior a idade do paciente, maior susceptibilidade à redução de volume condilar após cirurgia ortognática (p ≤ 0.001). As alterações de deslocamento condilar geradas após cirurgia de reposicionamento de disco simultaneamente à cirurgia ortognática não parecem estar associadas com maior reabsorção condilar no período de acompanhamento pós-cirúrgico. Tais alterações apresentaram, em média, sentidos opostos àquelas correlacionadas com maior risco de reabsorção condilar. Conclusões: Os resultados apresentados sugerem que o reposicionamento do disco articular seja um importante aliado à cirurgia ortognática de avanço e rotação anti-horária maxilo-mandibular, proporcionando um efeito de proteção ao côndilo acometido pela osteoartrite da ATM. |