Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Murilo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154028
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Resumo: |
A calagem é uma prática agrícola indispensável para correção do solo e obtenção de alta produtividade pelas culturas. A utilização de corretivos de acidez do solo pode ser uma prática eficiente para mitigar as emissões de CO2, principal gás do efeito estufa do solo para a atmosfera. Assim, o objetivo desse trabalho foi verificar a emissão de CO2, bem como possíveis alterações no estoque de carbono no perfil do solo, em função da correção da acidez do solo, utilizando silicato, calcário e gesso, em sistema semeadura direta (SSD) e convencional (SSC). A pesquisa foi realizada em Botucatu, SP, em experimento iniciado em 2012, sob SSD e SSC, tendo a soja como cultura de verão, seguida de safrinha com milho + braquiária ruziziensis, nos anos agrícolas de 2014 a 2016. Os solos das duas áreas experimentais foram amostrados nas camadas de 0-0,1, 0,1-0,2, 0,2-0,4 e 0,40-0,6 m, antes da semeadura da soja, nos anos de 2014 e 2016 (novembro), para determinação do teor de carbono. O aporte de palha sobre o solo foi avaliado ao final de cada ciclo de amostragem de CO2, determinando-se a massa dos resíduos vegetais secos e também os teores de carbono e nitrogênio. Em ambas as culturas foram feitas quantificação radicular, produção de grãos e teor de carbono nas raízes. As amostragens para determinação do fluxo de CO2 provenientes do solo foram realizadas após a semeadura da soja, nas safras 2014/2015, repetidas em 2015/2016 e a partir de março, após a semeadura da braquiária e milho, na safra 2015. A aplicação de corretivos de acidez promove maior produção de matéria seca de raízes das culturas, aporte de C no sistema radicular, acúmulo de matéria seca da parte aérea dos cultivos, e aporte de C na palha, tanto em SSD quanto em SSC. Contudo, o estoque de C no solo é pouco afetado pela aplicação de corretivos de acidez em SSD, e definitivamente não é afetado em SSC. A realização da correção da acidez do solo não resulta em aumento da emissão de CO2 para a atmosfera em SSD. Já em SSC, há maior emissão de CO2 em longo prazo após aplicação de calcário + gesso, justamente devido ao maior aporte de C proporcionado pela maior produção de matéria seca das culturas, que é largamente oxidado após as operações de preparo do solo. A aplicação de corretivos de acidez resulta em maior produtividade de grãos e consequentemente, resulta em menor emissão de CO2 por quantidade de grãos produzidos. |