VC TC D OND?: a abreviação (de distâncias) na internet

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Fusca, Carla Jeanny [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86580
Resumo: Este trabalho propõe investigar a abreviação em salas de bate-papo abertas (chats) da internet, frequentadas por escreventes que afirmam ter entre 15 e 20 anos. O conjunto do material é formado por duas “conversas” virtuais, com duração de 60 (sessenta) minutos cada uma. Reconhecida como uma das características do chamado “internetês”, busca-se refletir que a abreviação não consiste em mero “corte de palavras”, mas em recurso que apresenta regularidade e sistematicidade linguísticas. Esse processo é tomado como indício de (novo) gênero de discurso em emergência (BAKHTIN, 1997; MARCUSCHI, 2005). Com a finalidade de verificar os processos formadores de abreviaturas em bate-papos, ou seja, as regularidades linguísticas desse recurso, utiliza-se, como ferramenta de análise, a teoria de sílaba fonológica (SELKIRK, 1982). Acredita-se que, por meio do estudo da estrutura da sílaba, é possível avaliar que a escolha dos grafemas das abreviaturas é fundada na heterogeneidade da escrita (CORRÊA, 2004), visto que o escrevente pode se basear tanto em práticas orais/faladas quanto em práticas letradas/escritas para sua composição estrutural. Considera-se também que o funcionamento e a emergência de um modo de enunciação digital apenas são possíveis em meio a uma sociedade líquida (BAUMAN, 2004), caracterizada pela não permanência e fragilidade das relações entre os sujeitos. A consideração desses fatores parece ser indispensável para o entendimento de prática social ainda pouco (ou não) reconhecida