Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Hartmann, Andrei Luís Berres |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215835
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Resumo: |
A Educação Financeira passou a ganhar ênfase a partir da definição e apontamentos produzidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Movido pela OCDE, o Brasil elaborou sua estratégia nacional para a difusão da temática, também se preocupando com a inclusão da Educação Financeira nos ambientes escolares. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo da Educação Básica no Brasil, incorporou a Educação Financeira como uma temática de grande importância na vida humana e contemporaneidade. Apesar de mencionar o tema como um assunto transversal e integrador, a Educação Financeira está presente na BNCC absolutamente relacionada as habilidades e competências de Matemática, o que nos gera preocupações sobre a formação dos futuros professores dessa área. Nesse sentido, ao considerarmos a instituição responsável pelo programa de pós-graduação em que este trabalho está relacionado, nos indagamos: de que maneiras a Educação Financeira se faz presente e influencia a formação inicial nos Cursos de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual Paulista (Unesp)? Assim, objetivamos identificar, analisar e discutir a Educação Financeira nos Cursos de Licenciatura em Matemática da Unesp, à luz da Educação Matemática Crítica. Assumimos as lentes teóricas da Educação Matemática Crítica, a partir de relações entre a temática principal e os conceitos de matemacia, matemática em ação, ambientes de aprendizagem com foco nos cenários para investigação, diálogo e tomada de decisão. A partir da abordagem qualitativa de pesquisa, adotamos três procedimentos de produção de dados: análise documental dos Projetos Político Pedagógicos (PPP) e planos de ensino das disciplinas dos Cursos de Licenciatura em Matemática da Unesp, questionários com licenciandos em Matemática dessa instituição e entrevistas semiestruturadas com docentes dos cursos supracitados. A análise documental das seis unidades, em que o Curso de Licenciatura em Matemática é ofertado, nos permitiu identificar menções à Educação Financeira em três câmpus: Bauru (disciplina Educação Financeira), Rio Claro (disciplina Educação Financeira numa Perspectiva Crítica) e São José do Rio Preto (disciplina Introdução à Matemática Financeira). Dessa forma, esse procedimento serviu de recorte de locus da pesquisa. Por meio da Análise de Conteúdo, exploramos os dados coletados pelos questionários (19 licenciandos) e entrevistas (3 docentes), conduzidos pelas três principais fases: pré-análise; exploração do material, e; tratamento dos resultados, inferência e interpretação. Através das 11 unidades de registro, a técnica da análise categorial nos revelou quatro categorias: insuficiência da Matemática Financeira para a condução da Educação Financeira; Educação Financeira para a formação de futuros professores de Matemática da Educação Básica; contribuições da Educação Financeira para a vivência crítica, democrática e cidadã, e; concepções de Educação Financeira na formação inicial. Foi possível concluir que a Matemática Financeira está, predominantemente, presente nos Cursos de Licenciatura em Matemática da Unesp, em comparação à Educação Financeira. Também, que ao discutir a Educação Financeira na formação inicial, as reflexões e atividades precisam ir além de conteúdos matemáticos e favorecerem relações com a Educação Básica, rumo ao desenvolvimento de uma conscientização crítica, política, social, econômica e cidadã. |