Educação Matemática Crítica nos Anos Iniciais e os dispositivos curriculares BNCC e PPPI (Colégio Pedro II): aproximações ou distanciamentos?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Gabriel Camilo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17908
Resumo: Enquanto política pública educacional modalizadora e centralizadora, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem produzido diferentes efeitos naquilo que se ensina e aprende nas salas de aula pelo país, estando o ensino de Matemática inserido nesse emaranhado de produção de sentidos. Com a pesquisa desenvolvida com as professoras do 1º segmento do campus Tijuca I do Colégio Pedro II (RJ), foi feita uma análise de conteúdo de respostas de questionários aplicados para as docentes em conjunto com uma análise documental da BNCC e do Projeto Político Pedagógico Institucional (PPPI) para o ensino de Matemática nos anos iniciais, com o objetivo de verificar se tais dispositivos curriculares têm aproximações ou distanciamentos de uma Educação Matemática Crítica (EMC). Para a construção do argumento desenvolvido nessa pesquisa, foi fortemente problematizado a influência do neoliberalismo na produção de políticas públicas em educação e a conversão de indivíduos e instituições que passaram a ser interpretados por um prisma econômico, em face do processo de economicização e da teoria do capital humano tratados, respectivamente, por Brow (2018) e Foucault (2008). Nesse cenário, a Educação Matemática Crítica defendida por Skovsmose (2014) é apresentada como uma possibilidade de pensar o ensino da área do conhecimento para além de quantificações ou influenciar a sociedade e a ideia de uma disciplina fechada, contribuindo para a construção do pensamento matemático que acolha a discussão de temas relevantes para a sociedade como: problemas da comunidade em que o aluno vive, desigualdade social, violência, homofobia, racismo, questões de gênero, cidadania e democracia. Entre outras tantas questões, o estudo mostrou que o fato do dispositivo curricular de uma instituição posicione-se no campo das teorias críticas de currículo, de forma alguma isso representa certa blindagem das investidas do neoliberalismo, relevando que instituição e professoras são atravessadas pela economicização, mesmo quando se posicionam de forma contrária a isso no campo teórico.