Toxoplasmose cerebral em pessoas que vivem com HIV/aids: perfis epidemiológico, clínico, terapêutico e de neuroimagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Aun, Fernanda Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183199
Resumo: Introdução: A aids caracteriza-se por comprometimento do sistema nervoso central, cujas células são importantes alvos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Alterações neurológicas acometem cerca de 40% a 70% das pessoas que vivem com HIV/aids, chegando a 90% ou mais em estudos de necropsia. A toxoplasmose cerebral é a infecção mais comum, acomete cerca de 3% a 40% dos pacientes com aids e é a causa mais comum de lesão expansiva focal. Alguns critérios clínicos e radiológicos são utilizados para definição de seu diagnóstico. Objetivo: avaliar os dados epidemiológicos, clínicos, terapêuticos e as alterações cerebrais tomográficas no diagnóstico presuntivo de toxoplasmose cerebral em indivíduos com aids. Casuística e métodos: foram estudados, retrospectivamente, 28 pacientes com diagnóstico presuntivo de toxoplasmose cerebral, que realizaram exames de imagem a partir da suspeita clínica, atendidos no período de junho de 2012 a dezembro de 2018 e que realizaram tratamento específico para a infecção oportunista. A coleta de dados foi realizada por meio de consulta aos prontuários médicos dos pacientes que apresentaram critérios de inclusão para o estudo. Os exames de imagem foram avaliados com auxílio de médico radiologista do Serviço. As análises foram descritivas com cálculo de médias e desvios padrão para variáveis quantitativas e frequências e percentuais para variáveis categorizadas. Os sintomas pré e pós-tratamento foram comparados pelo teste qui-quadrado. Resultados: a maioria dos pacientes era composta por homens (53,6%), com média de idade de 39,8 anos. Cefaleia foi o principal sintoma (46,4%) e a maioria apresentava lesões múltiplas (82,1%), em núcleos da base e região córtico-subcortical (69,6%). O esquema terapêutico mais utilizado foi associação de sulfametoxazol/trimetoprim (71,5%). A maioria dos pacientes permaneceu com encefalomalácia supratentorial (50,0%) e calcificações residuais (35,0%). Conclusão: a toxoplasmose cerebral ocorreu principalmente em homens brancos, heterossexuais, casados e com baixa escolaridade; as alterações tomográficas foram localizadas na sua maioria em núcleos da base e região córtico-subcortical com efeito de massa e todos que realizaram controle de imagem pós-tratamento permaneceram com alguma sequela tomográfica.