Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
da Cunha Correia, Carolina |
Orientador(a): |
Ramos Lacerda de Melo, Heloísa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7132
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Resumo: |
O diagnóstico da neurotoxoplasmose em portadores de aids pode ser difícil, requerendo distinção com outras neuroinfecções e lesões tumorais. Os exames complementares disponíveis trazem limitações para a confirmação da doença. A tese esteve composta por uma revisão da literatura, abordando o estado de arte dos métodos disponíveis para diagnóstico de neurotoxoplasmose, e por dois artigos: No primeiro, sob título Lesão cerebral única de origem toxoplásmica, foram analisados aspectos de ressonância magnética convencional de 10 pacientes com neurotoxoplasmose e lesão cerebral única, uma vez que essa forma de apresentação impõe maior dificuldade diagnóstica sendo pouco explorada na literatura. As imagens foram avaliadas quanto à localização das lesões, intensidade de sinal, tipo de realce após contraste, presença de alvo excêntrico e captação meníngea, em aparelho Phillips 1,5 Tesla, modelo Achieva®. As lesões não tiveram localização preferencial e ocorreram igualmente em regiões córtico-subcorticais e profundas. Na seqüência T2, houve variabilidade de sinal, porém, no T1, predominaram padrões de iso ou hipossinal, edema perilesional e realce anelar após contraste, aspectos similares aos de lesões múltiplas, descritos na literatura. Concluiu-se que a presença desses padrões em lesões únicas pode ser sugestiva da neurotoxoplasmose. O segundo artigo, sob título Influência de características da neurotoxoplasmose na sensibilidade da PCR em tempo real em pacientes com aids, consistiu de estudo de validação fase III da reação em cadeia da polimerase em tempo real para detecção do gene B1 em sangue e líquor de pacientes com aids e diagnóstico presuntivo de neurotoxoplasmose. O DNA foi extraído com kit QiAmp DNA®, marca Qiagen®; amplificado com uso de primers da marca Applied Biosystem®, com seqüência específica de 98 pares de bases do gene B1. As amostras foram processadas em termociclador Icicle®, marca Biorad®, operado pelo programa PrimerExpress. Foram incluídos 135 pacientes com sintomatologia neurológica encefálica, distribuídos em dois grupos: grupo I - 85 casos de neurotoxoplasmose e grupo II - 50 pacientes com manifestações neurológicas não toxoplásmicas. A PCR em tempo real em sangue revelou sensibilidade de 1,5% (IC 95% 0,1% - 9%), especificidade igual a 100% (IC 95% 87,7% - 100%), valor preditivo positivo de 100% (IC 95% 5,5% - 100%) e valor preditivo negativo de 34,3% (IC 95% 25,4% - 44,4%). No líquor, houve sensibilidade igual a 35,8% (IC 95% 25,7% - 47,3%), especificidade igual a 100,0% (IC 95% 89,6% - 100,0%), valor preditivo positivo de 100.0% (IC 95% 85,4% - 100,0%) e valor preditivo negativo de 44,7% (IC 95% 34,5% - 55,3%). Nos pacientes do grupo I com pleocitorraquia e quatro ou mais lesões encefálicas pelo T gondii, a positividade liquórica da PCR foi significantemente maior do que a daqueles com normocitorraquia (p=0,021) e com até três lesões encefálicas (p=0,026). Concluiu-se que a PCR em tempo real no sangue não se mostrou útil ao diagnóstico; no LCR, o teste demonstrou baixa sensibilidade, mas alta especificidade para o diagnóstico da neurotoxoplasmose. Maior número de lesões e maior celularidade liquórica podem melhorar a sensibilidade do método. Sugerem-se novas pesquisas que correlacionem esses aspectos com os parâmetros de acurácia do método |