Ansiedade e depressão em mulheres climatéricas com e sem filhos atendidas na rede básica de atenção à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mazzetto, Fernanda Moerbeck Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153759
Resumo: Introdução: Diante das inúmeras transformações sociais dos últimos anos, o climatério tem representado para a mulher momento de estresse e de risco para a ansiedade e a depressão. Objetivo: Analisar os sinais e sintomas de ansiedade, depressão durante o climatério em mulheres com e sem filhos. Compreender a vivência dessas mulheres, a significação de ter tido filhos ou não, as reflexões afetivas e sugestões de melhorias ao atendimento à saúde. Método: Trata-se de um estudo na modalidade quantiqualitativa, transversal e de campo. Utilizou-se, na parte qualitativa, a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Foram investigadas 204 mulheres na parte quantitativa do estudo, com faixa etária entre 45 e 60 anos, atendidas em unidade da rede de atenção à saúde em município do estado de São Paulo. E na parte qualitativa foram entrevistadas 33 mulheres climatéricas. A coleta de dados deu-se pela entrevista e questionários de Hamilton (HADS) para avaliação da ansiedade e depressão e escala de Índice menopausal de Blatt e Kupperman (IMBK). O início da coleta aconteceu após a aprovação do projeto da pesquisa pela Comissão de Ética em Pesquisa. Resultado: A média etária variou entre os grupos G1 (mulheres com filhos) 48,7(±4,5) e G2 (mulheres sem filhos) 54,0(±5,5). Predominou entre os grupos a cor branca, religião católica, o ensino médio completo, a renda familiar até dois salários mínimos. Considerando os escores das escalas de ansiedade e depressão de Hamilton (HADS) e os escores de Índice Menopausal entre as mulheres do G1 e G2, não houve associação significativa entre os escores de ansiedade, depressão e Ìndice Menopausal e ter ou não ter tido filhos (p>0,05). Porém houve associação significativa dos escores de ansiedade e depressão de Hamilton e Índice Menopausal entre as mulheres que tem vínculos com programas oferecidos pela rede básica de atenção à saúde (p<0,05). As mulheres climatéricas vivem esse período de forma natural, sabem que é o fim da fertilidade, verbalizam dúvidas e desejam estar saudáveis apesar do desconforto psicofísico e do envelhecimento. Percebem alterações nas relações familiares de forma positiva ou conflituosa. Na parte qualitativa, emergiram os temas: Vivência do climatério; Significação de ter ou não ter tido filhos; Relacionando-se afetivamente; Sugerindo melhorias no atendimento à saúde. Conclusão: O estudo evidenciou que não houve associação significativa dos escores de Ansiedade e Depressão de Hamilton e Índice Menopausal e ter ou não ter tido filhos( p>0,05). Porém houve associação altamente significativa dos escores de Ansiedade e Depressão de Hamilton e Índice Menopausal entre as mulheres que possuem vínculos em programas oferecidos pela rede básica de atenção à saúde(p<0,05). Propomos que as mulheres possam reconhecer a fase pela qual estão passando, controlando os fatores que podem auxiliar na redução dos sintomas menopausais e definir grupos que necessitem de maior atenção por parte dos serviços de saúde. O atendimento deve ser feito pela equipe multiprofissional e interdisplinar com diagnóstico precoce de doenças crônicas, atendimento ginecológico e psicoclínico.