Securitização como comportamento: uma explicação behaviorista radical da teoria da securitização
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/256784 http://lattes.cnpq.br/6992560093774478 https://orcid.org/0000-0002-7287-4570 |
Resumo: | A teoria da securitização coloca em questão a perspectiva objetivista tradicional dos Estudos de Segurança Internacional (ESI), argumentando que um “problema de segurança” é sempre resultado de um processo discursivo. Apesar da teoria ter se popularizado nos ESI, ela também foi alvo de diversas críticas. Entre elas, há a avaliação de que a teoria tal como originalmente formulada oferece uma explicação limitada de como a securitização de fato ocorre. A fim de superar tais limitações, críticos procuraram reformular a teoria da securitização, introduzindo novas ontologias e epistemologias. Embora essas contribuições tenham promovido avanços relevantes, essas abordagens não consideram o aspecto psicológico e comportamental da securitização. Nesta pesquisa teórica, investiga-se como a compreensão do processo de securitização pode ser ainda mais aprofundada através de uma abordagem analítico-comportamental. A Análise do Comportamento é uma linha teórica da Psicologia fundamentada na filosofia behaviorista radical que oferece ferramentas conceituais para analisar funcionalmente o comportamento humano. Partindo da definição de securitização de Thierry Balzacq e de abordagens analítico-comportamentais para o fenômeno da linguagem, como o Comportamento Verbal de B. F. Skinner e a Teoria das Molduras Relacionais, utilizamos um método interpretativo científico para explicar funcionalmente o processo comportamental que torna a securitização possível. Concluímos que “securitizar” é um comportamento verbal através do qual agentes securitizadores constroem e modificam redes de relações arbitrárias sobre ameaças e vulnerabilidades para condicionar o comportamento da audiência. Essas ameaças e vulnerabilidades são estímulos aversivos condicionados, os quais passam a evocar comportamentos que potencialmente reforçam o comportamento do agente securitizador e os comportamentos relacionados ao desenvolvimento de políticas de segurança customizadas destinadas a diminuir vulnerabilidades e eliminar ameaças. |