Aplicação regular da imersão em água fria após sessões de treinamento intervalado de alta intensidade não altera o desempenho, adaptações intramusculares e a recuperação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Malta, Elvis de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234800
Resumo: O objetivo da presente tese foi investigar o efeito do uso regular de imersão em água fria (IAF) associada ao treinamento físico sobre adaptações intramusculares, recuperação e no desempenho. A tese foi dividida em duas partes [estudo de revisão (parte I) e experimental (parte II)]. A parte I teve como objetivo revisar sistematicamente o efeito do uso regular da IAF associada ao treinamento resistido (desempenho de força) e treinamentos contínuo e intervalado (desempenho em exercícios de endurance) sobre desempenho físico. A parte II, conduzida em um desenho experimental, objetivou avaliar o efeito de 5 semanas de IAF após sessões de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) sobre adaptações intramusculares [pool células satélites, expressão de coativador 1 α do receptor ativado por proliferador de peroxissoma γ (PGC-1α) e proporção de fibras musculares], recuperação [marcadores sistêmicos de dano, dor, variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e desempenho neuromuscular], respostas cardiorrespiratórias e desempenho. Na revisão sistemática foi realizada uma busca em bases de dados e incluídos estudos controlados, com humanos, com IAF (≤ 15°C) associada ao treinamento e avaliações de linha de base e Pós treinamento. Na etapa experimental, 16 voluntários realizaram avaliações de linha de base e Pós 5 semanas de HIIT (teste incremental e corrida até exaustão) associadas à IAF (n = 9) ou não (controle, n = 7). Biópsias musculares foram realizadas antes e após o programa de HIIT para quantificação do pool de células satélites, expressão de PGC-1α e tipagem de fibras. Ao longo treinamento foram monitoradas a carga interna da sessão e a recuperação (desempenho em saltos, dor, marcadores sistêmicos de dano muscular e VFC). Foi verificada na revisão uma diminuição no ganho de força ao associar IAF ao treinamento resistido nas variáveis de força máxima e resistência de força [média padronizada da diferença (SMD) geral = − 0,60] e no desempenho dos esforços balísticos (SMD geral = − 0,61). Por outro lado, o treinamento contínuo e intervalado associado à IAF não alterou a potência média no time-trial, potência aeróbia máxima no teste incremental (SMD geral = −0,07) ou duração do time-trial (SMD geral = 0,00). No estudo experimental, a IAF não alterou a quantidade de células satélites, a expressão de PGC-1α e a proporção de tipo de fibra muscular (p ≥ 0,312). Além disso, a IAF não alterou a carga interna e recuperação ao longo das sessões (p > 0,05). Ainda, não houve mudança em parâmetros cardiorrespiratórios e no desempenho (p ≥ 0,221). Portanto, o uso regular da IAF não afetou os ganhos de desempenho quando associada ao HIIT, além de não alterar as adaptações cardiorrespiratórias, intramusculares e parâmetros de recuperação ao longo das sessões, embora parece mitigar o ganho de força do treinamento resistido.