Líderes e motivadores profissionais: novos trabalhadores a serviço do capital (dimensões ideológicas, disciplinares e cooptativas)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vieira, Rodrigo Moreira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88724
Resumo: A partir de meados da década de 70, a reestruturação produtiva desencadeada em vários países do mundo reconfigurou alguns elementos relacionados ao controle prático e subjetivo dos trabalhadores. Tais elementos se manifestaram em estratégias como a administração participativa, os Círculos de Controle de Qualidade (CCQs) e todos os seus congêneres com o objetivo de readequar a força de trabalho em torno das novas estratégias produtivas. Para quebrar a resistência dos trabalhadores quanto à implementação de tais elementos, foram desenvolvidas novas técnicas de cooptação de trabalhadores, dentre as quais se encontra o objeto deste trabalho: a motivação profissional. Para operacionalizá-la, tanto no contexto intrafábrica como extrafábrica foi criada a figura do líder motivador, que passou a ocupar a função de articulador da ideologia motivacional. O objetivo é arquitetar e colocar em prática mecanismos psicológicos de pseudo identificação entre trabalhadores e suas respectivas funções profissionais, na tentativa de motivá-los a adotarem uma postura participativa no processo produtivo de modo a ampliar a exploração da força de trabalho em nome da acumulação de capital. No entanto, a rigor, ao promover uma “motivação” fetichizada através de meras categorias abstratas distantes da realidade concreta, este tipo de ideologia só ampliou - e tem ampliado - a distância entre o trabalhador e o elemento que o efetiva enquanto ser genérico: o trabalho livre e autoconsciente