Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Saliba Júnior, Orlando Adas [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/149979
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Resumo: |
Introdução: O tratamento mais comum para a insuficiência venosa na gravidez são as meias de compressão, entretanto ainda não há evidência científica sobre sua eficácia. Objetivo: avaliar a eficácia do uso de meias de compressão no refluxo venoso e na prevenção de varizes nos membros inferiores de gestantes, bem como analisar a percepção sobre as vantagens e desvantagens quanto ao seu uso. Método: Foi realizado um ensaio clínico controlado, randomizado, cego. Foram incluídas 60 gestantes saudáveis, com 10 a 13 semanas de gravidez, de idade entre 18 e 40 anos, com pulsos distais normais, distribuídas em 2 grupos: grupo 1 (n=30) usou de meia de compressão por 8 horas diárias e grupo 2 controle (n=30), que não utilizou a meia. Foram analisados o refluxo venoso, diâmetro da Veia Safena Magna-VSM e Veia Safena Parva- VSP, por meio do eco Doppler, bem como sintomatologia e classificação CEAP, no início e no final da gestação, por um pesquisador, no laboratório vascular da Faculdade de Medicina de Botucatu, Unesp. Os testes estatísticos paramétricos e não paramétricos foram realizados ao nível de significância de 5%. Resultado: Os valores do refluxo na VSM proximal, no início e no final da pesquisa, foram respectivamente 0,13s e 0,04s (p<0,0001) na perna direita e 0,17s e 0,03s (p<0,0001) na perna esquerda do grupo 1. No grupo 2, essa mesma variável apresentou 0,02s e 0,34s (p<0,0001) na perna direita e 0,03s e 0,29s (p<0,0001) na perna esquerda. Os diâmetros da VSM proximal na perna direita foram 0,37cm e 0,32cm (p<0,0001), respectivamente, no início e no final da pesquisa, e 0,37cm e 0,30cm (p<0,0001) na perna esquerda, do grupo 1. No grupo 2, os diâmetros foram 0,28cm e 0,38cm (p<0,0001) na perna direita e 0,27cm e 0,37cm (p<0,0001) na perna esquerda. A classificação clínica CEAP apresentou piora discreta no grupo 1 e acentuada no grupo 2 (p<0,0001). Houve diferença estatisticamente significante, entre os grupos, nos tempo e picos de refluxo, na VSM e na VSP. Os diâmetros da VSM e VSP foram significativamente maiores nas gestantes que não usaram meia de compressão e os sinais e sintomas de insuficiência venosa nos MMII foram mais prevalentes no final da gestação no grupo 2: dor (86,67%), edema (70,00%), peso na perna (93,33%), do que no grupo 1: dor (23,33%); edema (33,33%); peso (13,33%). Todas as gestantes do grupo 1 relataram melhora nos sintomas nos MMII e usariam a meia novamente; apenas 36,67% precisou de ajuda para calçar. Conclusão: O uso da meia de compressão foi eficaz na prevenção do refluxo e varizes de membros inferiores de gestantes e a avaliação das mesmas sobre o uso foi altamente satisfatória. |