Efeito da utilização da moxaterapia e polihexametileno biguanida (PHMB) na cicatrização de feridas em cães.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guaita, Sergio Andres Millán
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216036
Resumo: O processo de cicatrização é um fenômeno biológico essencial para a sobrevivência dos animais. Assim, estudar a cicatrização e encontrar meios para melhorar este processo é altamente relevante. O polihexametileno biguanida (PHMB) assim como a moxaterapia, tem sido utilizado na cicatrização de tecidos, mas a evidência dos seus efeitos é escassa na literatura médica. Assim, este estudo, objetivou analisar as ações terapêuticas, com ênfase no tempo de cicatrização das feridas, após a utilização dos produtos supracitados. Foram utilizados 40 cães hígidos, sem distinção de gênero, raça, idade, com peso entre 10 e 30 kg. Os animais foram castrados e, no mesmo momento cirúrgico, foi criada uma lesão cutânea limpa, circular na região abdominal, com 1 cm de diâmetro. Eles foram divididos em 4 grupos experimentais de 10 animais cada. Grupo Moxaterapia, Grupo PHMB 2 vezes ao dia e Grupo PHMB 1 vez ao dia (tratados com PHMB com trocas a cada 12 e 24 horas, respectivamente), e Grupo Controle (tratado com solução salina estéril 0,9%). Avaliações macroscópicas do processo de cicatrização foram realizadas diariamente durante 10 dias. Ao final do período, foi realizada biópsia excisional da área de cicatrização da ferida, permitindo avaliação histopatológica, histomorfométrica e imunohistoquímica. As variáveis foram analisadas por meio de Cumulative Link Mixed Model, testes de razão de verossimilhança, teste de comparações múltiplas de Bonferroni, adotando-se nível de significância igual a 5%. Os animais tratados com moxaterapia apresentaram menor dor/desconforto, prurido e melhor processo de cicatrização no nível macroscópico em relação ao grupo controle; e, quanto ao PHMB, não houve diferença significativa. Comparando os animais tratados com moxaterapia e PHMB, em relação aos animais não tratados, não houve diferença significativa, entretanto, ao comparar os grupos tratados com PHMB com o grupo tratado com moxaterapia, observou-se diferença significativa em relação à presença e quantidade de secreção. Histopatologicamente, a moxaterapia não diferiu do grupo controle, enquanto o grupo PHMB duas vezes ao dia apresentou efeito significativo no processo de colagenização. Na análise imunohistoquimica, não obteve diferença estatistica significativa na angiogenese e reepitelização da ferida quando comparado com o grupo controle. Conclui-se que o tratamento de feridas limpas a partir de curativos com PHMB e moxaterapia são eficazes como agentes promotores da cicatrização, mesmo não diminuído o tempo, permitiram manter os leitos das feridas em um ambiente propicio para progredir em direção ao fechamento da mesma, permitindo a profilaxia antibacteriana sem o uso de terapias antibióticas, diminuído o risco de resistência.