Comparação da resposta imune humoral, da capacidade de neutralização dos soros anticrotálicos produzidos em ovinos jovens, avaliação clínica e ponderal entre animais inoculados com veneno de serpente Crotalus durissus terrificus nativo ou irradiado com Cobalto-60

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Ferreira Júnior, Rui Seabra [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101488
Resumo: A técnica de ELISA foi utilizada para avaliar e comparar a resposta imune humoral de ovinos jovens para a produção de soro anticrotálico. Durante o processo de soroprodução, foi realizada a avaliação clínica e ponderal dos animais. Os parâmetros utilizados foram hemograma completo, dosagem de uréia, creatinina, aspartato aminotransferase, proteínas totais, albumina, globulina. O peso dos animais foi aferido quinzenalmente durante o experimento. A capacidade de neutralização do soro produzido a partir de veneno de serpente Crotalus durissus terrificus, nativo (VN) e irradiado (VIr) com Cobalto–60 foi verificada por meio de desafios in vitro. Um grupo de seis animais recebeu veneno nativo, o segundo grupo recebeu veneno irradiado e o terceiro grupo foi o controle. Os animais receberam seis imunizações durante 84 dias com intervalo de 14 dias. Houve diferença significativa (p<5%) no teste de ELISA do perfil de anticorpos produzidos pelos grupos experimentais (VN<VIr). Não houve diferença significativa (p<5%) para os testes bioquímicos, hemograma e peso dos animais entre os três grupos testados. O grupo imunizado com veneno irradiado apresentou perfil de anticorpos maior que o grupo imunizado com veneno nativo. A capacidade de neutralização do soro produzido a partir do VIr foi cinco vezes maior quando comparado ao soro produzido com VN. A avaliação clínica e ponderal, mostrou que ovinos em fase pós-desmame, não tiveram alterado seus perfis fisiológicos e apresentaram um excelente ganho de peso durante o período experimental. Estes resultados demonstram uma nova perspectiva para a utilização de ovinos visando a produção comercial de soro anticrotálico, que poderá ser aplicado no tratamento do envenenamento de seres humanos e animais. O custo para sua produção poderá ser reduzido pela posterior utilização dos ovinos hiperimunizados na alimentação humana.