Engenharia de tecidos em bexiga urinária: modelo em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Piovesana, Tadeu Ravazi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192310
Resumo: Introdução: Diversas doenças congênitas ou adquiridas promovem alterações anatômicas ou funcionais, dificultando ou impossibilitando a função de reservatório da bexiga, ou até mesmo necessitando sua remoção cirúrgica. Quando as terapias conservadoras não são eficazes, algumas técnicas cirúrgicas podem ser empregadas para o aumento ou reconstrução da bexiga e por fim, o desvio urinário pode ser a única alternativa terapêutica. No entanto, todas as técnicas cirúrgicas atuais podem levar a complicações. A substituição de tecidos da bexiga por equivalentes criados em laboratório poderia melhorar o resultado da cirurgia reconstrutiva. Objetivos: Propor um modelo de remendo de bexiga urinária produzido com uso de veias descelularizadas e semeadas com células-tronco mesenquimais em modelo animal em coelhos. Material e Métodos: Foram constituídos dois grupos de 5 coelhos fêmeas não prenhas. Os dois grupos de animais foram submetidos a anestesia inalatória e foi realizada uma cirurgia para retirada de um fragmento de 1 cm2 de bexiga para implantação do produto de teste. Grupo 1: Controle – foi implantado um segmento de 1cm2 de veia cava de coelho descelularizada com pontos contínuos de Vicryl 7.0; Grupo 2: Experimento – foi implantado um segmento de veia cava descelularizada semeada com células tronco autólogas, também fixado por pontos cirúrgicos de Vicryl 7.0 com pontos contínuos. Para o grupo 2, foram coletadas células-tronco mesenquimais autólogas derivadas de tecido adiposo que foram cultivadas e expandidas e aplicadas em um arcabouço de veia descelularizada e mantidos por uma semana em cultura para uso in vivo. Os animais dos dois grupos foram mantidos em biotério por 21 dias e depois submetidos a eutanásia para avaliação histomorfológica do implante. Resultados Parciais: Os arcabouços de veia cava de coelho descelularizada foram capazes de manter a integridade da bexiga urinária no perído de 21 dias do experimento. Em ambos os grupos observamos um intenso infiltrado de células inflamatórias no local dos enxertos. O grupo experimento que recebeu o arcabouço com células-tronco mesenquimais autólogas apresentou um processo regenerativo superior ao grupo controle, observado principalmente pela reepitelização urotelial e maturidade do povoamento da mucosa e submucosa por fibroblastos. Desta forma o enxerto com células tronco parece promover uma substituição mais adequada na região estudada.