O regime militar na perspectiva do jornal Lavoura e Comércio de Uberaba (1964-1968)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paula, Eustáquio Donizeti de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154538
Resumo: O presente trabalho objetiva investigar se, durante o período 1964-1968, o periódico uberabense Lavoura e Comércio configurou-se como difusor da legitimidade do Estado arbitrário. Destarte, a pesquisa procura, também, compreender como se desenvolveram as relações de poder entre o regime militar e a imprensa, num período em que o modelo político exaltava as realizações do governo ditatorial para buscar legitimidade, ao mesmo tempo em que censurava os opositores e impedia a formação crítica dos cidadãos. O recorte temporal contempla o início da ditadura militar no Brasil até a edição do AI-5, sob a perspectiva da imprensa uberabense, por meio das publicações do centenário Lavoura e Comércio. Na intenção de levantar cenas do cotidiano do período em Uberaba, partiu-se para um levantamento bibliográfico sobre a temática golpe militar e as relações entre poder, imprensa e memória nos quatro primeiros anos do governo ditatorial. Amparados pela história política, as fontes primárias do Arquivo Público de Uberaba oportunizaram a análise das publicações desse periódico a partir do golpe que depôs o presidente João Goulart, as repercussões do golpe de Estado e a consolidação do autoritarismo. Por meio dessas publicações, foi possível recuperar a história política recente do país tendo como locus a cidade de Uberaba. Dessa forma, os discursos veiculados no diário mineiro, que tornou-se porta-voz dos interesses de uma parcela da sociedade uberabense, possibilitaram (re)interpretar algumas concepções sobre a história da cidade e do país.