Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Silva, Camila Gonçalves
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Orientador(a): |
Delgado, Ignácio José Godinho
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Banca de defesa: |
Oliveira, Mônica Ribeiro de
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Viscardi, Cláudia Maria Ribeiro
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Chagas, Fábio André Gonçalves das
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4979
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Resumo: |
A dissertação analisa a censura à imprensa, numa localidade distante dos grandes centros urbanos do país, focalizando a cidade de Montes Claros, situada em região sertaneja do Norte de Minas Gerais, entre 1964 e 1985. Inicialmente discorre-se sobre a trajetória econômica e política da cidade, salientando o caráter politicamente orientado do desenvolvimento, evidenciado pelo ingresso na era industrial através de ações do Estado. Notadamente da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste/SUDENE, sem que seja plenamente derrogada a influência das elites agrárias tradicionais, a “elite agropecuária”. Salienta-se como o temor à reforma agrária, a presença de movimentos políticos de esquerda, certa tradição anticomunista e o incremento das atividades reivindicatórias que acompanham o crescimento urbano e as mazelas sociais, a ele vinculados, inclinaram as elites da cidade em favor do golpe de 1964 e do regime militar que ele instaura. Além de contribuir para a definição dos motivos que, ao lado das prescrições da Doutrina de Segurança Nacional, eram utilizados para justificar a repressão política e a censura. Destaca-se, ainda, o protagonismo da Polícia Militar e de seu comandante na ação golpista e, após o golpe, na repressão política e no exercício da censura, em Montes Claros. Contrariamente à prática comum aos grandes centros urbanos, efetuada não por organismos especializados, mas pela polícia, num primeiro momento e, em seguida, pelo Exército. Descreve-se, também, a trajetória da imprensa em Montes Claros que, na década de 1950, distancia-se do jornalismo subordinado às facções políticas locais, traço comum à imprensa da cidade em momentos anteriores. Por força da ação de uma nova geração de jornalistas, de formação e experiência profissionais construídas em grandes centros urbanos. Observa-se, contudo, que a autonomia revelada por tais jornalistas não eliminava os limites próprios do exercício do jornalismo em organismos cuja sobrevivência depende de seu corpo de anunciantes e da relação com sua clientela. Além disto, os jornais de Montes Claros atribuíam-se o papel de instrumentos do desenvolvimento da cidade que favorecia, pelo seu caráter politicamente orientado, a busca de relações amistosas com atores políticos situados nas esferas estadual e federal. Analisa-se, por fim, a prática da censura em Montes Claros, em suas diferentes dimensões, as iniciativas de resistência e acomodação, bem como as relações verificadas entre censores e jornalistas, boa parte das vezes cordiais, em certa medida por força das características que envolvem a convivência social em pequenas localidades. A dissertação se vale de diversos documentos escritos, como revistas, jornais, processos crime, além de entrevistas com jornalistas que, no período delimitado pelo estudo, atuaram nos periódicos ‘Diário de Montes Claros’ e ‘Jornal de Montes Claros.’ |