Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lima, Orion Ferreira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/257645
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Resumo: |
No presente trabalho propomos demonstrar, à luz do pensamento de Arendt, que a crise na educação tem como pressuposto basilar a despolitização do espaço público, que se traduz na ausência de responsabilidade pelo mundo. Acreditamos que o desmoronamento do espaço escolar, com todas as suas incongruências, não pode ser compreendido apenas como um fenômeno estrutural e político circunscrito às instâncias dos agentes públicos que lidam diretamente com a educação. A crise na educação contemporânea dever ser compreendida à luz de uma crise maior, a saber, a partir da despolitização do homem frente a res pública. O fenômeno da privatização do espaço público levou os homens a não mais se sentirem responsáveis pela história, de modo a repetir naqueles que estão chegando ao mundo o mesmo sentimento de desinteresse quanto ao único espaço possível capaz de abrigar a vida tal como a conhecemos hoje. Atrelado a isso, assistimos ao desfalecimento do espaço privado que deixou de ser o ninho de segurança e intimidade e passou a ser o espaço puramente físico no qual habitam pais e filhos desinteressados por partilhar um mundo em comum ou até mesmo conservá-lo para futuras gerações. Sendo assim, acreditamos, na esteira de Arendt, que o retorno ao pensamento poderá nos comprometer com o sentido da educação. Cabe ao educador a conservação e valorização do arcabouço histórico e cultural produzidos pelos homens, com isso é que poderemos exercer com responsabilidade o dever de conduzir os jovens a adentrarem a este mundo, e superarem o individualismo e o egoísmo que impedem a experiência política por excelência. |