Sexualidade e educação sexual de pessoas com deficiência intelectual: entendimentos de professores de uma instituição de educação especial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Zuin, Luiz Fernando [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191912
Resumo: A sexualidade ainda é um tema polêmico que desperta dificuldades àqueles que cotidianamente se defrontam com essa questão, como os professores por exemplo. Quando são professores de jovens com deficiência intelectual (D.I), o desafio é ainda maior, pois os estudos científicos afirmam que o resultado da relação sexualidade/D.I pode não ser positivo, devido à soma de dificuldades enfrentadas pelos professores e famílias e que muitos desvios de personalidade e comportamentos considerados inapropriados que estas pessoas exibem, são resultados da educação ou falta de educação sexual. Frente ao exposto, a presente pesquisa teve como objetivo principal investigar as opiniões manifestas de professores da educação especial sobre a sexualidade e educação sexual de alunos com D.I de maneira a averiguar as dificuldades e facilidades no trato deste assunto. Com este intento foram entrevistados 10 professores de uma escola especial, empregando para isso um questionário elaborado pelo autor com 18 questões que abarcaram a temática da sexualidade e D.I. Para analisar os resultados, esta pesquisa de cunho qualitativo e descritivo fundamentou-se na análise de conteúdo de acordo com os procedimentos descritos por Bardin (2011). A partir da análise das respostas das entrevistas realizadas construiu, por relevância teórica, quatro categorias: Formação docente e sexualidade; Educação sexual, família e escola; Vivência da sexualidade da pessoa com D.I e Informações sobre sexualidade por parte dos alunos. Os resultados obtidos apontam que a maioria dos professores não receberam formação acerca desta temática durante a graduação. Dentre os/as que afirmaram ter obtido alguma instrução acerca da educação sexual, constatou-se que esta foi de natureza estritamente biológica com enfoque nos caracteres anatômicos e fisiológicos. Destaca-se que muitos aspectos da sexualidade estão sendo reconhecidos pelos professores e parece haver uma valorização, pelo menos teórica, das necessidades, desejos e interesses sexuais das pessoas com D.I, embora ainda foram notados preconceitos e mitos sobre essa questão principalmente por não acreditarem que possa desfrutar de uma sexualidade segura e prazerosa de maneira responsável e autônoma por apresentarem D.I indicando que as pessoas com D.I são qualitativamente diferentes de pessoas que não apresentam deficiência e que não possuem o mesmo direito de vivenciar a sua sexualidade como todos nós, havendo a necessidade de sempre estarem sendo supervisionados pela família.