Sexualidade e o plano individualizado de transição para autodefensoria da pessoa com deficiência intelectual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Chagas, Patricia Monteiro Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23296
Resumo: A pesquisa objetiva analisar os conhecimentos na área da sexualidade de pessoas com deficiência intelectual a partir de suas vivências, tendo como norte a autodefensoria e o Plano Individualizado de Transição (PIT). Justifica-se na premissa de que a educação, em uma perspectiva dialética, está relacionada ao processo de transformação social, adquirindo dimensões que ultrapassam os muros da escola e nos permitem analisar as representações construídas em torno dos sujeitos com deficiência intelectual e sua sexualidade. Essa temática é relevante por aprofundar estudos e evidenciar potencialidades do ser humano, revelando parte de trajetórias pessoais, educacionais, experimentações de mundo, desenvolvimentos, aprendizagens, alegrias, dificuldades, descobertas e desafios que conduzam à elaboração de um PIT no viés da sexualidade. As interfaces metodológicas que respaldam o conjunto de procedimentos realizados durante o processo de investigação deste estudo se inserem em uma base qualitativa, mediante pesquisa-ação, tendo como instrumentos para coleta de dados a proposição de encontros dialógicos e a aplicação de um Inventário de Habilidades em Sexualidade (IHS). A pesquisa de campo foi realizada em um Centro de Apoio Especializado à Educação Profissional para pessoas com Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA), contando com a participação de quatro alunos, quatro familiares e uma aluna, Teresa, a qual atuou como agente formadora para autodefensoria em sexualidade. Destaca-se que a sexualidade é um tema que tem pedido passagem e, inegavelmente, é um conceito bastante amplo e de caráter histórico, inerente a todo ser humano, inserido em determinada cultura e com as marcas de seu momento histórico. A análise dos dados revelou que o protagonismo de uma mulher, autodefensora com DI, que fala sobre sexualidade, é um fator que pode ressignificar a maneira como a sociedade percebe essas pessoas. E, ainda, que o IHS tem potencial de fornecer informações que subsidiarão o PIT no viés da sexualidade, ao propor programas de transição para pessoas com DI, voltados para construção de repertório em sexualidade. Dessa forma, torna-se possível a eliminação de mitos que distanciam oportunidades de vivências e de escutas das pessoas com DI, trazendo ao centro do debate as transformações que estão incondicionalmente implicadas no desenvolvimento biopsicossocial de todo ser humano, ao se tratar aspectos de corpo, saúde, autocuidado e autodefesa. Espera-se que a pesquisa traga contribuições relevantes para o cenário educacional do Brasil contemporâneo. Isso porque há a necessidade de perseguir a ressignificação de olhares e de costumes diante do mundo, além de ser preciso valorizar e reconstruir os saberes dos jovens e adultos com DI que falam sobre si, sobre sexualidade e se autodefendem.