Teatralização, distanciamento e representações da violência em Bacurau: relações entre teatro, cinema e sociedade
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/259651 https://orcid.org/0000-0002-6912-5843 |
Resumo: | Partindo do cruzamento entre o teatro e o cinema, esta tese tem por objetivo analisar o filme brasileiro Bacurau (2019), dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, focando em sua aproximação com as estratégias formais do teatro épico-brechtiano. O estudo explora como as técnicas de distanciamento podem ser aproximadas à análise de Bacurau, especialmente através da desnaturalização da mise-en-scène, da dissonância entre música e ação, do rompimento com o heroísmo individualizante e de um roteiro repleto de contradições e profundas ironias, o que pode gerar um efeito de teatralização no filme. Esses efeitos também são rastreados nas trajetórias de Mendonça e Dornelles, evidenciando como Bacurau dialoga não só com a filmografia prévia dos realizadores, mas também com outras referências cinematográficas e literárias, tais como Glauber Rocha, John Carpenter e Euclides da Cunha. Por se tratar de uma obra que aciona variadas formas de violência, mobilizamos conceitos como revolução, revolta e necropolítica, a fim de expandir a interpretação do filme. Assim, esta pesquisa visa contribuir para a discussão sobre a relação entre teatro, cinema, literatura e sociedade, destacando a importância dessas linguagens na construção de narrativas críticas e alegóricas no cinema brasileiro contemporâneo. |