Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Adriano Valentin da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150722
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Resumo: |
Estudamos diferentes aspectos relacionados à biologia reprodutiva de Piper, tendo como plano de fundo o parentesco filogenético entre espécies coocorrentes e utilizando diferentes níveis de amostragem, desde a taxocenose até a flor. No capítulo 1, avaliamos a fenologia reprodutiva de 17 espécies de Piper em uma floresta estacional semidecídua para verificar se o clima e o parentesco filogenético estão associados às respostas fenológicas dessas espécies coocorrentes. Apenas a floração apresentou sinal filogenético e foi estacional. A frutificação foi influenciada por fatores abióticos, enquanto a floração teve uma influência compartilhada de fatores abióticos e das restrições filogenéticas. Assim, verificamos que mesmo em ambientes estacionais, pode haver influência da filogenia nos eventos reprodutivos. No capítulo 2, avaliamos o sistema de polinização e testamos se os caracteres florais e dos polinizadores estão correlacionados para verificar se os polinizadores podem ter mediado a diversificação floral em espécies fenotipicamente generalistas. As espécies são entomófilas e foram visitadas por 46 espécies de abelhas, besouros, mirídeos e moscas. Portanto, são ecológica e funcionalmente generalistas. Não houve correlação entre os caracteres florais e os dos visitantes florais, o que sugere que os caracteres analisados não representam adaptações aos polinizadores. Outros fatores, p. ex. ambientes-chave, devem estar relacionados com a diversificação do gênero. No capítulo 3, determinamos a expressão sexual das espécies, com enfoque na funcionalidade das flores ao longo da antese, para verificar se existem variações do hermafroditismo, caráter considerado como universal nas espécies neotropicais do gênero. Observamos variações dessa expressão sexual em quase 25% das espécies aqui estudadas. E no capítulo 4, determinamos se existe um padrão de liberação de pólen e exposição estigmática em espécies neotropicais de Piper, independentemente dos números de estames e carpelos e da sexualidade da flor. A dinâmica dos eventos florais foi semelhante entre as espécies: a exposição e senescência estigmática ocorreu de forma sequencial e gradual em sentido basípeto e a liberação de pólen foi assincrônica e sequencial. Como as espécies aqui estudadas pertencem a diferentes clados do gênero, essas características devem ser um padrão para as espécies neotropicais de Piper. |