Negro e amargo: vestígios da história no romance do café

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Ivano, Rogério [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103163
Resumo: Esta tese tem como objetivo a leitura historiográfica do romance do café, produções literárias marcadas pelos processos sociais desencadeados pela monocultura cafeeira. De muitas maneiras, os autores retrataram costumes, valores, conflitos, vivências e experiências que abarcaram não apenas das sociedades locais, mas também confluiram com a emergência dos grandes e médios centros urbanos. Nessa trajetória, este romance não apenas tomou a cafeicultura como tema ou ambiente histórico e social das suas tramas, forjando representações do campo e da cidade, de um ciclo econômico ou reforçando um gênero da literatura brasileira; o próprio romance, enquanto experiência estética e crítica, permitiu a elaboração de visões, hipóteses e conceitos históricos, que tiveram como um dos principais mecanismos interpretativos a ruína, ou seja, a passagem da opulência à decadência. É nesta dramatização feita pelo romance que a história foge ao seu destino ruinoso para confrontar-se com os leitores de um outro tempo, pois a sua historicidade não se esgota nem com o término da obra literária nem com o fim do ciclo cafeeiro. Ela compõe-se de camadas interpretativas, permitindo a leitura do romance do café como uma alegoria moderna.