Os filhos do Lago do Cuniã: educação escolar em uma reserva extrativista da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Valdanha Neto, Diógenes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/116053
Resumo: Iniciativas de políticas educacionais e socioambientais têm se ocupado da importância de a educação escolar respeitar o contexto no qual a escola está inserida, bem como os modos de vida dos estudantes. Neste sentido, foi realizada uma pesquisa qualitativa em Educação, de tipo etnográfico, na Reserva Extrativista (RESEX) do Lago do Cuniã, localizada no estado de Rondônia – Amazônia brasileira. O objetivo principal foi o de aprofundar conhecimentos sobre a cultura tradicional da comunidade residente na RESEX do Lago do Cuniã e sobre as formas de apropriação da cultura tradicional pela escola local. Toda a investigação é permeada por análises pautadas nos conceitos de cultura em Geertz, e ideologia em Marx e Engels, os quais associados a reflexões da Educação Popular formam a base do referencial teórico analítico. Foram desenvolvidas pesquisas de campo com duração de 55 dias no total. A primeira ida a campo se configurou como um estudo da escola sob uma perspectiva dialética, tendo sido dirigido a espaços exteriores ao da instituição escolar, e realizada no mês de julho de 2012. Nesta etapa foram feitas observações diretas do cotidiano, com registro em diário de campo; além de realização de sete entrevistas com moradores locais (três adultos e quatro jovens) sobre a temática da educação escolar. Os dados foram sistematizados em Temas Geradores que contribuíram para uma melhor compreensão da realidade, sendo esses: “trabalho”, “relações de gênero”, “crenças e identidade”, “meio ambiente”, “saúde”, e, por fim, “a escola desde fora”. A escola desde fora é verbalizada como a porta de entrada ao mundo do trabalho assalariado – o qual se apresenta ideologicamente como única possibilidade para uma “vida melhor”, para que seja possível “ser alguém na vida”. Os demais Temas Geradores também trazem elementos para uma discussão educacional. Evidenciam-se as ambiguidades...