Parâmetros fisiológicos como indicadores de tolerância à seca em clones de Eucalyptus spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Conti Junior, José Luiz Ferraresso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183188
Resumo: Dentre os principais atributos do sucesso de qualquer empreendimento florestal está a escolha correta dos genótipos a serem utilizados. Portanto, identificar parâmetros fisiológicos que contribuam para a tolerância à seca em clones de Eucalyptus é fundamental para melhorias no processo de seleção e identificação de clones em respostas as mudanças climáticas. O trabalho avaliou o potencial hídrico foliar (Ψw) e o ponto de perda de turgor foliar (πtlp) em 5 clones de Eucalyptus (A1, E. urophylla; B2, E. urophylla x E. grandis; C3, E. grandis x E. camaldulensis; K2, E. saligna; e P7, E. urophylla x E. brassiana), em condições de campo aos 5 anos, em 3 sítios (20-IPB, 22-KLT e 30-VMT) do projeto TECHS, em duas estações do ano (seca e chuvosa), com ou sem exclusão parcial das chuvas. Esses cenários, por apresentarem ampla variabilidade em precipitação e evapotranspiração, permitem relacionar os parâmetros fisiológicos avaliados com o grau de tolerância dos genótipos ao déficit hídrico. Como esperado, sítios com menor déficit hídrico apresentaram as maiores produtividades para todos os clones avaliados e, consequentemente, maiores valores de Ψw e πtlp (menor estresse hídrico). No entanto, em cada local, houve variação significativa entre os clones e, consequentemente, possibilidade de seleção. O clone A1 mostrou-se produtivo (IMA5 = 54,5 m³.ha-1) e tolerante (Ψmd = 1,91 MPa), o clone B2 adaptado em regiões menos restritivas e o P7 menos produtivo em todos os sítios avaliados (IMA5 = 26,1 m³.ha-1), contudo com alta capacidade de sobrevivência (πtlp = 2,42 MPa) em condições secas, suportando o déficit hídrico. Dada a significância de Ψw e πtlp em estimar adaptações ao déficit hídrico, ambos têm potencial de utilização nos programas de melhoramento para identificação de clones tolerantes à seca.