Nível de ruído em clínica de ensino de odontologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Peña Téllez, Maria Elizabeth [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183164
Resumo: Na atualidade o ruído constitui um dos problemas ambientais mais relevantes. Na prática odontológica a exposição a ruídos deve ser controlada para evitar danos à saúde do profissional. Objetivou-se neste estudo investigar a presença de alterações auditivas e avaliar o conhecimento dos estudantes de odontologia sobre a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído; verificar os níveis de ruídos gerados durante o uso das canetas de baixa e alta rotação, assim como em diferentes pontos da Clínicas de Ensino de Odontologia durante as aulas práticas nos tratamentos odontológicos. Trata-se de um estudo transversal, amostra composta por 81 estudantes do terceiro ano curso diurno e quarto ano curso noturno de odontologia. Foi aplicado um questionário semiestruturado e auto administrado com questões referentes a transtornos auditivos, exames audiométricos e conhecimento da Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR).Com o propósito de verificar os níveis de ruído que atingem o operador e paciente durante a execução de tratamentos odontológicos, foram feitas medições usando como instrumento o decibelímetro Digital Profissional marca Hikari Hdb-882,a uma distância de 5 cm, 15cm e 50 cm do ouvido direito do operador com 5 segundos de duração. Foram medidos os ruídos gerados no ambiente da Clínica com todos os equipamentos em funcionamento colocando o aparelho em pontos pré-estabelecidos nos cantos e centro da clínica. Foi realizado a análise estatística, ao nível de significância de 5%. Os resultados mostraram a presença de transtornos auditivos em 14,8 % dos estudantes. Do total, 28,4 % haviam feito exames audiométricos; 24,6 % tem familiares com problemas de audição ;11,1 % doenças preexistentes;49,3 % necessitaram repetição durante uma conversa;34,4 % apresentam sintomas de irritabilidade no ambiente das aulas práticas e consideram as canetas de alta rotação o instrumento mais ruidoso. Em relação aos resultados sobre conhecimentos 93,8 % afirmaram que o cirurgião dentista é um profissional de risco para perda auditiva por ruído, mas 83,9 % ainda não recebeu orientação sobre o PAIR. Quanto ao uso do protetor auricular 77,7 % não conhecem, e apenas 3,7 % referem haver usado. Os resultados das medições mostraram ruidos elevados com canetas de alta rotação : 77,31 dB, 75,30dB y 73,52 dB a distancias de 5cm,15cm y 50 cm respectivamente do ouvido do operador .Com as peças de baixa rotação ,medias de 72,80dB ,71,60 dB y 70,26dB en iguais distancias . Na área clínica obtivemos: 72,90 decibéis (dB) (± 0,94 dp) ao centro; 74,2dB (± dp 0,91); 76,3dB (± dp 0,86); 73,4 dB (± dp 0,41); 74,2dB (± dp 0,30); nos cantos. Todos os valores estiveram acima dos níveis aceitos pela Organização Mundial da Saúde que estabelece a polução sonora a partir de 55 dB. Com a pesquisa, foi desenvolvido um aplicativo denominado EscutaSaúde, o qual permite medir os ruídos em tempo real, durante os tratamentos odontológicos, possibilitando ao profissional possuir o histórico dos registros. Conclui-se que há presença de transtornos auditivos em pequena parcela dos estudantes de odontologia e a grande maioria não apresenta conhecimento sobre a PAIR. Os ruídos gerados pelas canetas de baixa e alta rotação durante os tratamentos assim como os produzidos na área da clínica são elevados.