Perfil audiológico em policiais militares exposto ao ruído ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Soares, Ana Caroline de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01092022-102904/
Resumo: Introdução: Os militares são profissionais que estão expostos a diferentes riscos no seu ambiente de trabalho, cita-se especialmente os riscos físico e organizacionais. Em relação ao risco físico, destaca-se os níveis e o tipo de pressão sonora, o que pode acarretar efeitos auditivos, como a perda auditiva induzido por ruído (PAIR), trauma acústico, mudança temporária do limiar auditivo (MTL) ou a perda de estruturas pré-sinápticas e degeneração dos neurônios do gânglio espiral. Como efeitos não auditivos, podem ser citados, o comprometimento da comunicação oral, manutenção da atenção, concentração, memória, irritação, aumento do estresse, fadiga e o sono, afetando assim, diretamente a qualidade de vida, além disso, também pode ser observado o zumbido, dificuldade de percepção de fala no ruído, intolerância a sons fortes e diplacusia e até mesmo doenças cardiovasculares. Objetivo: Avaliar a função auditiva em Policiais Militares expostos a diferentes níveis e tipos de pressão sonora no ambiente de trabalho. Método: Participaram deste estudo, 28 Policiais Militares do 4º BMPI, de ambos os sexos, com idades entre 22 e 50 anos e com média de tempo de serviço de 12,25 anos. Todos os participantes foram submetidos a entrevista específica, inspeção clínica do meato auditivo externo, audiometria tonal liminar (ATL) e de altas frequências (AAF) (250 Hz a 20.000 Hz), imitanciometria, emissões otoacústicas transientes e produto de distorção. Resultados: Na entrevista, o zumbido foi observado em 50% dos participantes. A inspeção visual do meato acústico externo (MAE) e a imitanciometria não evidenciaram alterações de orelha média. Os audiogramas evidenciaram limiares da ATL, ou seja, entre 250 a 8.000 Hz, foram encontrados 21 participantes com limiares aceitáveis, ou seja, limiares menores ou iguais a 25 dB(NA); 6 participantes apresentaram perda auditiva induzida por níveis de pressão sonoras elevados, ou seja limiares das frequências de 3.000, 4.000 e 6.000 Hz alterados e com valores maiores que as outras frequências testadas; 1 participante com agravamento de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados. No entanto, ao considerar a realização da AAF, ou seja, de 9.000 a 20.000 Hz, uma vez que ela é indicada para o diagnóstico precoce das alterações auditivas. Observou-se que em 14 participantes os limiares de altas frequências encontram-se alterados. O entalhe audiométrico, com limiares aceitáveis, observou-se em 2 participantes. Houve correlação significativa entre o tempo de exposição ao ruído com os resultados das avaliações audiológicas. Conclusão: A partir da análise dos dados audiológicos foi possível verificar que os policiais militares estão em risco para desenvolver a perda auditiva, sendo essencial a promoção da saúde e o diagnóstico precoce de tais alterações.