O homem e o desenvolvimento humano nos discursos de Aristóteles e John Dewey

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Andrade, Erika Natacha Fernandes de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/115663
Resumo: O movimento de revisão da teoria aristotélica desencadeado no século XX afastou Aristóteles de interpretações teológicas até então hegemônicas, permitindoo surgimento de investigações que relacionam a sua filosofia com as ideias de pensadores que o sucederam, como é o caso de John Dewey. Considerando que esse tema ainda requer aprofundamentos, em especial quanto às bases psicológicas que sustentam os dois filósofos, o presente trabalho focaliza o conceito de homem e de desenvolvimento humano nos discursos de Aristóteles e Dewey. Esta investigação utiliza a análise retórica oriunda de Chaïm Perelman, buscando compreender as estratégias argumentativas utilizadas pelos dois autores (definidos como oradores) para persuadir seus leitores (definidos como auditório).Foram examinados os escritos da maturidade de Aristóteles e vários textos de Dewey, a maioria deles elaborados durante o período em que o autor trabalhou em Chicago e Columbia. Os resultados da pesquisa estão organizados em quatro capítulos, sendo o primeiro deles referente às definições aristotélica e deweyana de ser humano; a análise utiliza o conceito de dissociação de noções. O segundo capítulo discorre sobre o processo de formação e desenvolvimento do homem, utilizando para isso a conceituação de metáfora. O terceiro discute o contexto propício à formação e ao desenvolvimento humano, recorrendo à noção de filosofia prática. O último capítulo apresenta a linguagem e os acordos linguísticos como fatores causais da definição de homem e da promoção do desenvolvimento humano. Todos os capítulos discutem a relação entre discurso e auditório em cada um dos filósofos. A conclusão defende que as semelhanças entre Aristóteles e Dewey são mais significativas do que as suas diferenças, especialmente porque ambos adotam concepções contrárias ao transcendentalismo, o que fica evidente em suas teorizações sobre a linguagem ...