Letramento digital e letramento escolar: uma abordagem linguística da prática de escrita em blogs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Arroyo, Raquel Wohnrath [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86582
Resumo: Neste trabalho, procuramos investigar a heterogeneidade constitutiva da escrita em produção textual escolar, em dois suportes distintos, a saber, em papel e na tela do computador com acesso à internet. O conjunto do material foi formado de produções textuais escritas de crianças na faixa etária de 07 a 09 anos, regularmente matriculadas em escola de Ensino Fundamental de São José do Rio Preto (SP). Refletindo sobre o processo de textualização nesses dois suportes, buscamos observar a possibilidade de modificação(ões) linguística(s), segundo a hipótese de que, se há mudança de suporte material e de interlocutor, pode haver modificação(ões) em aspectos que constituem o texto/discurso. Apoiando-nos, de um ponto de vista metodológico, no paradigma indiciário proposto por Ginzburg ([1939] 1989), o qual permite conceber fenômenos da linguagem como indícios representativos de fenômenos mais gerais, e nos três eixos de circulação imaginária do escrevente, propostos por Corrêa (2004), os quais abordam a representação social que o escrevente tem sobre a escrita, pudemos verificar, nos textos dos alunos, a recorrência de fatos linguístico-discursivos que apontaram para diferentes configurações dos textos. Assumindo que a produção de texto é constitutiva das práticas sociais de linguagem, constatamos que as modificações apresentadas nas produções textuais (no papel e na tela) resultam da representação que os escreventes fazem da escrita em diferentes suportes materiais e da projeção que fazem de seus interlocutores, configurando réplicas das relações que estabelecem com o mundo e a linguagem. Verificamos, pois, que as modificações decorrentes do uso de diferentes suportes não são determinadas pelos suportes em si mesmos, mas resultam da interação entre os sujeitos que deles fazem uso