Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Araripe, Virgílio Augusto Sales [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/95724
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo analisar a realidade socioespacial em diferentes períodos da comunidade da praia do Batoque ante a sua transformação em reserva extrativista. Esta comunidade litorânea que pertence ao Município de Aquiraz, Estado do Ceará, e dista 51 km da capital, Fortaleza. Viveu, a partir da década de 1970, sérios conflitos com investidores imobiliários que, atraídos pela beleza cênica do lugar, tentaram, por meios ilícitos, expulsar os nativos de suas terras. Após a década de 1980, o crescente desenvolvimento econômico do Estado acirrou os ânimos, desencadeando-se uma batalha, tanto jurídica como corporal, entre os comunitários e os investidores imobiliários. Após vários embates, o governo federal decretou a condição de Reserva Extrativista para aquelas terras, encerrando o conflito. Nosso objetivo consistiu em analisar o que mudou desde então, e a compreensão das mudanças por aqueles moradores. Para isto, 61 comunitários foram entrevistados e, manifestando por relatos suas experiências, expressaram principalmente a satisfação pela garantia da posse de suas terras. Verificou-se, no entanto, que os comunitários ainda não conseguem retirar do local os recursos suficientes para o seu sustento e de suas famílias, recorrendo algumas vezes a outras atividades profissionais fora dos limites da reserva. Ao analisar os dados colhidos diretamente com a população local, concluímos que é imprescindível melhorar a gestão da Resex, com projetos que propiciem aos seus moradores, entre outras coisas: melhores oportunidades de trabalho e geração de renda; promover o atendimento de necessidades primordiais, na saúde e na educação; o reconhecimento como verdadeiros donos das terras que habitam, para que, mais do que contribuintes e eleitores, sejam vistos como cidadãos, com seus direitos e sua cultura respeitados |