Análise do desempenho do painel de madeira compensada produzido com lâminas termorretificadas por dois diferentes métodos e coladas com resina poliuretana.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Galdino, Danilo Soares [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192358
Resumo: Nos últimos anos, o estudo do tratamento térmico na indústria madeireira vem chamando a atenção dos pesquisadores por ser mostrar como uma proposta de preservação sustentável em comparação aos tratamentos químicos tradicionalmente realizados. Com base nisto, este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho do painel compensado produzido com lâminas termorretificadas e coladas com a resina poliuretana à base de óleo de mamona, uma alternativa para substituição do adesivo fenol-formaldeído, que possui a vantagem de ser de origem natural e de não liberar substâncias nocivas ao homem e ao meio ambiente. O processo de termorretificação foi realizado em três diferentes temperaturas (160, 180 e 200°C) e para duas formas de tratamento (prensa e estufa). As alterações ocorridas nas lâminas, após o tratamento, foram avaliadas por meio de testes de rugosidade, utilizando um perfilômetro, e de molhabilidade pelo método de gota, utilizando um goniômetro, os quais mostraram que com o aumento da temperatura as lâminas ficaram menos rugosas e molháveis. O método prensa se mostrou mais efetivo para realizar a termodegradação da madeira na análise do teor de extrativos totais realizado seguindo a norma TAPPI T-257:2012. As alterações verificadas na lâmina impactaram as propriedades físico-mecânicos do painel acabado que foram avaliadas por meio de ensaios recomendados por documentos normativos brasileiros: massa específica aparente (ABNT NBR 9485:2011), inchamento em espessura (ABNT NBR 9535:2011), teor de umidade (ABNT NBR 9484:2011), absorção de água (ABNT NBR 9486:2011), flexão estática (ABNT NBR 9533:2013) e cisalhamento na linha de cola (ABNT NBR ISO 12466-1:2012). Verificou-se a partir dos testes físicos que o painel produzido com lâminas tratadas apresentam menores teores de umidade e densidades equivalente ao painel produzidos com lâminas sem tratamento. Com relação as propriedades de absorção e inchamento em espessura, os ensaios indicaram que a termorretificação tornou os painéis mais hidrofóbicos, indicando a eficiência dos tratamentos quanto ao contato com água. Em termos de desempenho mecânico, os painéis tiveram baixos decréscimos em suas propriedades, de forma que apenas algumas exceções não continuaram atendendo as especificações propostas pelo catálogo ABIMCI. Por fim, analisando todos os resultados, pôde-se verificar que o tratamento mais eficiente foi o que utilizou lâminas termorretificadas em prensa em temperatura de 180 ºC.