Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Athanázio-Heliodoro, Julia Carolina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204584
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Resumo: |
O painel compensado tem aplicações consagradas na indústria moveleira e da construção civil, além de usos específicos na indústria de ônibus, caminhões, vagões de trens e contêineres. Mais recentemente, um novo uso se apresenta com potencial crescente, como componente do sistema de construção habitacional Wood Frame. Como qualquer produto à base de madeira, o painel compensado pode sofrer degradação – deterioração pela umidade, fungos, cupins e brocas - quando exposto a condições adversas. O tratamento preservativo, com finalidade de ampliar a sua durabilidade, pode ser feito diretamente no painel já pronto ou incorporado no processo produtivo, pelo tratamento prévio das lâminas. Na bibliografia há poucos relatos desse tipo de tratamento prévio, feito em lâminas. Outra alternativa para melhorar a durabilidade dos painéis em serviço seria o uso do adesivo poliuretano à base de óleo de mamona que, por si só é potencialmente hidrofóbico. Com o intuito de desenvolver painéis compensados de alta qualidade e durabilidade prolongada, buscou-se com este trabalho estudar diferentes processos produtivos e produtos. O presente estudo apresenta como diferencias o tratamento preservativo em dois processos distintos (tratamento do painel e das lâminas), dois produtos preservativos (CCA-C e CCB) e duas resinas (fenólica e poliuretana) em painéis de dimensões comerciais. Os painéis foram produzidos com madeira de Pinus taeda em dimensões comerciais, com utilização de 360 g m-2 de cola por linha dupla de colagem. Os painéis colados com a resina fenólica foram pré-prensados a frio e, posteriormente, prensados a quente por 20 minutos (pressão de 1,2 MPa e temperatura de 130°C) e os painéis produzidos com resina poliuretana foram prensados diretamente por 30 minutos (pressão de 1,2 MPa e temperatura de 65°C). Os ensaios foram feitos seguindo as normas brasileiras da ABNT para painéis compensados. Os testes de empenamento evidenciaram baixos níveis de distorção sofridos pelos painéis prensados com resina poliuretana que, além disso, tiveram os melhores desempenhos físico-mecânicos quando comparados aos painéis prensados com a resina fenólica. Dentre os painéis feitos com a resina fenólica, o desempenho mecânico foi prejudicado pela interação química entre madeira e produto preservativo. Foi verificado que os painéis que receberam tratamento preservativo nas lâminas em etapa prévia à prensagem, tiveram melhores níveis de retenção e penetração dos produtos que os painéis tratados após prensagem, e que os ingredientes ativos do CCA-C e do CCB, especialmente o cromo, depositado na superfície das lâminas de madeira afetam a rugosidade superficial das lâminas, diminuindo sua molhabilidade e, consequentemente a absorção de água e o inchamento. Na comparação entre produtos, o CCB mostrou-se um produto instável pela tendência à precipitação do boro, com níveis de retenção dos ingredientes ativos no painel inferiores ao proposto pelas normas. |