Avaliação da resposta imunometabólica em monócitos de indivíduos obesos: papel do PPAR-y e da intensidade do exercício físico aeróbio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gerosa-Neto, José [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180551
Resumo: Estudos anteriores evidenciaram associações da obesidade e o desenvolvimento de dislipidemia e inflamação crônica de baixo grau. Dessa forma, é possível que alterações imunometabólicas, sistêmicas e teciduais, coordenadas por fatores de transcrição gênica, favoreçam a instalação e progressão de diversas doenças e que o nível de condicionamento físico esteja diretamente envolvido nessas alterações. Diante desses fatos, o objetivo do presente projeto foi examinar a resposta imunometabólica de indivíduos obesos frente a dois programas de exercícios físicos em esteira rolante e a possível participação do fator de transcrição gênica PPAR-γ em monócitos. Homens obesos e inativos (IMC≥ 30 kg/m2, entre 18 e 35 anos) foram recrutados e randomizados em dois grupos: Treinamento intermitente de alta intensidade (HIIT) (10 x 1:1' a 100% - VO2max) ou Treinamento contínuo moderado (MICT) (65% - VO2max). O treinamento foi realizado três vezes por semana, durante seis semanas e o gasto energético das sessões foi equalizado. Os valores de VO2max e velocidade máxima foram obtidos em teste incremental máximo em esteira rolante. Os parâmetros de composição corporal foram avaliados por bioimpedância e ultrassonografia, as concentrações sanguíneas de IL-6, IL-10, TNF-ɑ, insulina, cortisol, leptina e PAI-1 por ELISA, e perfil lipídico e glicose por ensaio enzimático colorimétrico. As coletas de sangue foram realizadas Pré e Pós seis semanas de treinamento em cinco situações: 1) Jejum e 2) Pré-Sessão; 3) Pós-Sessão; 4) 30min e 5) 60min após uma sessão de treinamento. Para cultura de células, amostras foram coletadas nos momentos Pré e Pós e a expressão dos genes IKK, TLR-4, PPAR-γ, PGC-1α e CD36 realizada por RT-PCR. Após seis semanas de treinamento, aumentos significativos ocorreram no VO2max, Velocidade Máxima e Massa Livre de Gordura (%). A Gordura Subcutânea, Pressão Arterial Sistólica e Diastólica foram reduzidas. No Jejum não houve alterações nas concentrações sanguíneas das citocinas. Nas situações de exercício a IL-6 permaneceu elevada até 60 min após a sessão e a IL-10 apresentou menores concentrações em relação a sessão Pré treinamento. Apesar dos resultados positivos encontrados, uma intervenção com maior duração parece mais indicada para adaptações significativas na composição corporal e nos parâmetros sanguíneos avaliados. Os resultados indicaram que a via do fator de transcrição PPAR-y, em monócitos, não gerou alterações significativas nos mecanismos estudados. Dessa forma, para melhor entender as implicações dos dois modelos de treinamento propostos, novos estudos devem respeitar a equiparação do gasto energético das sessões e ampliar o período de intervenção e avaliar a via do PPAR-y em outras células do sistema imunológico.