A pintura de Jesuíno do Monte Carmelo na Igreja da Ordem Terceira do Carmo em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Murayama, Eduardo Tsutomu [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86902
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo descrever a redescoberta e o processo de restauro das pinturas inéditas do artista santista Jesuíno Francisco de Paula Gusmão (1764- 1819), mais conhecido como padre Jesuíno do Monte Carmelo, na Igreja da Ordem Terceira do Carmo de São Paulo. O resgate da chamada pintura invisível do padre artista só foi possível graças às suspeitas levantadas pelo crítico de arte Mário de Andrade (1893-1945). Estudando a pintura do artista santista, na década de 1940, o modernista desconfiou que o grosseiro painel central visível no teto da nave do templo dos terceiros carmelitas da capital – e que viria ainda a sofrer inúmeras interferências e retoques nas décadas posteriores – estava deslocado entre os elementos arquitetônicos e não condizia com os aspectos plásticos e estilísticos de Jesuíno, concluindo que a composição original do padre artista ainda poderia existir intacta, porém sob camadas de repintura. Com o tombamento da obra pictórica paulistana de Jesuíno pelo IPHAN, iniciaram-se os procedimentos de averiguação da teoria da pintura invisível, que resultou na recuperação de uma esplêndida pintura representando Nossa Senhora do Carmo cercada de anjos e querubins, observada com devoção pelos profetas Elias e Eliseu, e por uma corte de santos, beatos e mártires carmelitas. Análises e comparações com outras obras do artista santista justificam porque esta pintura pode vir a tomar o posto de melhor obra do padre Jesuíno, gerando, desse modo, uma revisão sobre a história da pintura colonial paulista