Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Mayara Goncalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154263
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Resumo: |
Considerando a importância nacional da raça Mangalarga Marchador (MM) e sua crescente internacionalização, estudos que avaliam diferentes aspectos de seus andamentos singulares, marcha batida (MB) e marcha picada (MP), são necessários. Os objetivos desse estudo foram descrever e comparar as variáveis cinemáticas (VCine) da MB e da MP e verificar associações entre as medidas morfométricas e as VCine de equinos da raça MM; avaliar a influência do alelo mutante do DMRT3 em homozigose (AA) ou heterozigose (AC) no padrão de movimento da MP; identificar, por meio de estudo amplo de associação do genoma (GWAS), polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) e regiões genômicas que contenham possíveis genes responsáveis pelo fenótipo da MB na raça MM. Para análise cinemática, dezoito câmeras optoeletrônicas (240 Hz) foram posicionadas para a aquisição dos dados tridimensionais de três marcadores retrorreflexivos fixados no casco. Determinou-se duração, comprimento, frequência e velocidade de cada passada; dissociação relativa diagonal de decolagem e de apoio; e distribuição do tempo da passada em cada tipo de apoio (quadrupedal, tríplice, bipedal, monopedal e suspensão). Quarenta e oito cavalos pertencentes aos dois grupos de andamentos distintos: MP com genótipo AA e AC do SNP 22999655C>A (n=20) e MB com genótipo CC (n=28) foram analisados por meio do Equine SNP70 BeadChip e em seguida realizado GWAS. Para caracterização cinemática dos andamentos, os dados foram submetidos à analise descritiva. Para comparação entre fêmeas e machos e para comparação entre MB e MP, os tempos de apoio foram comparados pelo teste U de Mann-Whitney e as demais variáveis analisadas pelo teste t de Student (P≤0,05). A relação entre variáveis morfométricas e cinemáticas foi avaliada por correlação de Pearson. As variáveis cinemáticas temporais dos cavalos de MP de genótipo AA (n=9) e AC (n=9) foram comparadas por ANAVA de dois fatores (genótipo e passada, sendo a última de amostras repetidas) e em seguida teste de Tukey (P≤0,05). MB em velocidade média de 13,22 km/h apresentou maior porcentagem de apoios bipedal diagonal, seguida de monopedal pélvico, tríplice torácico, bipedal lateral e bipedal pélvico. Também foi identificada dissociação de apoio positiva que provavelmente está relacionada à manifestação de apoios monopedais e bipedais pélvicos. A MP na velocidade média de 12,68 km/h apresentou predomínio de apoios laterais seguidos por diagonais, tríplice torácico e monopedal pélvico. Na mesma velocidade, MP apresentou menor duração, comprimento e maior frequência de passadas; maior dissociação e ocorrência de apoios laterais e tríplices; e menor frequência de apoios diagonais, bipedais pélvicos e suspensão em relação à MB. Na amostra estudada, tanto na MB quanto na MP, os exemplares proporcionalmente maiores e com ângulos escapuloumeral, metacarpofalângico, coxofemoral, tibiotarsicometatársico menores apresentaram maior comprimento de passada e melhor distribuição dos tempos de apoio de acordo com Padrão da raça MM. Foi encontrada relação entre o padrão de andamento e os diferentes genótipos do DMRT3 (AA ou AC) na MP de equinos montados da raça MM. Indivíduos AC tiveram menor dissociação diagonal de decolagem e apresentaram maior proporção de apoio diagonal e, por isso, parecem apresentar distribuição de tempos de apoio mais próximo ao descrito como ideal no Padrão da raça quando comparados aos indivíduos AA. Os resultados do GWAS revelaram que, ao contrário do fenótipo de MP que é aparentemente determinado por gene único (DMRT3), a MB parece ser controlada por maior número de genes. Concluiu-se que morfometria e aspectos genéticos interferem no padrão de andamento de equinos de marcha batida ou picada da raça Mangalarga Marchador. |